domingo, 20 de dezembro de 2009

Um domingo para reflexão

Passei o dia em casa, recuperando-me da maratona de festas. Nem cogitei em sair hoje: precisava arrumar coisas (argh!) e entrar na Internet para pegar fotos alheias e colocar minhas próprias fotos.
Dois acontecimentos que marcaram o domingo: o cineasta Fabio Barreto sofreu grave acidente de carro em Botafogo e está em risco de vida com traumatismo craniano; e uma atriz norte-americana, Brittany Murphy, morreu aos 32 anos de parada cardíaca fulminante. Estes e outros acontecimentos me ensinam que o importante é viver o momento, aproveitar a vida, pois não sabemos até quando a teremos. É crucial não perdermos nenhuma oportunidade que nos possa trazer bem estar e felicidade sadia.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Alborghetti

E morreu o Alborghetti! Divertiu-me muito, com seu humor patético-caricato e suas frases radicais contra tudo aquilo de que ele não gostava, principalmente bandidos. Que bom que ele permanecerá vivíssimo no You Tube, onde há muitos vídeos de seus momentos televisivos.

A morte de Leila Lopes

Leila Lopes morreu de parada cardiorrespiratória. Tudo indica que foi suicídio, pois foram encontrados antidepressivos e chumbinho em seu quarto. Ela sofria de depressão, e as pessoas que a conheciam disseram que ela estava “bem”. Isto é relativo, pois nunca sabemos o que se passa no interior de uma pessoa. Vivemos numa sociedade em que temos que mostrar que estamos felizes durante o tempo todo, até mesmo para não sermos importunados e não ouvirmos questionamentos sobre nossa tristeza. Muita gente acaba incorporando uma persona de felicidade permanente ao seu ser, e faz de tudo para alimentar esta persona, soterrando seu verdadeiro eu. É um conflito que sempre redunda em depressão, infelicidade, e que, não raro, deságua em suicídio. Não achei que ela estava bem, desde que ressurgiu para a mídia do ano passado para cá, depois dos filmes pornôs que fez e do longo hiato desde que foi “abandonada” pela Globo depois do sucesso que fez como a “professorinha Lu”. Parecia perturbada, e devia estar mesmo, pois teve um fim trágico provocado por atitude própria.
Que a Leila fique em paz!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Gravidez

Soube hoje uma ex-colega de setor e que atualmente é defensora pública, está grávida de dezesseis semanas. Não me vejo grávida, definitivamente. Parece-me uma coisa “animal” demais e muito pesada para mim. Não tenho contato com crianças, nem sei se conseguiria cuidar de uma direito. E, como não tenho um pai para meu filho, teria que fazer inseminação artificial, o que me desanima mais ainda. Para ter um filho via inseminação, precisaria querer muito. De qualquer forma, há o recurso da adoção a qualquer tempo, caso eu mude de ideia.

Paraty 01

Estou em Paraty, numa viagem solitária que irá fechar bem o meu período de férias. A pior parte de viajar sozinha é a noite. Durante o dia, sempre há o que ver e o que fazer. A noite, todavia, é o tempo em que ter uma companhia é mais sentido. Mas o importante é dar uma circulada, ainda que discreta, e não cair na atitude de permanecer dentro do hotel para comer. Estou num período em que me encontro de mal com a solidão que é tão companheira em minha vida. Todavia, ter vindo aqui para Paraty já é uma reação a este sentimento ruim. Afinal, não mereço permanecer dentro de casa porque não tenho companhia; tenho emprego e, consequentemente, salário, carro e liberdade; então, por quê não vir?

sábado, 3 de outubro de 2009

Rio 2016!

Que dia! Infelizmente, tive que trabalhar hoje, e saí para almoçar com uma turma da trabalho. Fomos ao Feijão da Lapa para acompanhar a divulgação da cidade-sede das Olimpíadas de 2016 pela TV que transmitia a festa em Copacabana. Eu não tinha partido nesta disputa, e aderi na última hora à candidatura do Rio. Acompanhei a mesma pelo noticiário durante a semana, e achava que os administradores do Rio já tinham uma pista da vitória da cidade, pois tomaram uma atitude arriscada de decretar ponto facultativo nas repartições estaduais e municipais e armaram uma baita festa em Copacabana. Chicago foi a primeira cidade a ser eliminada, o que foi surpreendente e digno de aplausos, já que pessoas de lá criticaram a candidatura do Rio a ponto de terem que pedir desculpas depois de um protesto do COB. Em seguida, Tóquio foi eliminada. Restaram Madrid e Rio, e, às 13:50h, veio a decisão: o Rio havia sido a cidade escolhida. No restaurante, a maioria dos presentes aplaudiu. Agora, restam sete anos para serem feitas melhorias substanciais na cidade a ponto dela poder fazer uma Olimpíada de bom nível. Os investimentos deverão ocorrer inclusive nos atletas, a fim de que eles tenham um bom desempenho nos Jogos. E há muita coisa a ser feita em matéria de infraestrutura, transportes, instalações, hotelaria, segurança pública. E as melhorias deverão ficar para depois das Olimpíadas, que são um evento grandioso e que se seguirão à Copa de 2014, que também será em nosso país. Lula, agora, encontra-se nas alturas! Seu governo de fato elevou o nome do Brasil internacionalmente, e quanto a isto não restam dúvidas. Sergio Cabral, Eduardo Paes e demais homens públicos também incorporaram às suas vidas o mérito de terem trabalhado arduamente para trazerem as Olimpíadas para o Rio. Eles são criticáveis em muitos aspectos, mas este mérito eles carregarão para sempre. Foi emocionante vê-los chorando após o anúncio do Rio como a cidade-sede das Olimpíadas. Agora, é partir para a nova etapa do trabalho que é realizar uma Olimpíada.

domingo, 27 de setembro de 2009

A Violência de Cada Dia

Foi uma semana violenta esta que termina. Houve episódios de violência com enorme repercussão na terça-feira e hoje, quando um seqüestrador foi morto com um tiro certeiro na cabeça por um policial atirador de elite muito bem preparado e que soube utilizar com maestria a chance que teve de solucionar a difícil questão que se apresentava. E aconteceu também a crueldade com a cadelinha Pituca em Santa Catarina, a qual virou alvo de dois policiais insanos que representam o que de pior a instituição pode apresentar. Fico revoltada também com a covardia contra os animais. A violência nos ataca dia após dia, e deixa transparecer que as pessoas estão mais insanas, mais dispostas a cometer barbaridades, de um jeito que não acontecia antes. Esta percepção nos incomoda, e deixa a impressão de que a sociedade contém em muito maior número excrementos humanos do que pessoas de bem. Todavia, não podemos nos deixar abater, pois a vida não é só isto. Não significa que sairemos por aí imprudentemente dispostos a frequentar lugares notadamente perigosos e a correr toda sorte de riscos. Mas implica em nos acautelarmos e vivermos a vida com plenitude, pois ela passa e, a princípio, é uma só.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Revendo Conceitos A Partir do Gikovate 01

Comecei a ler o novo livro do Flavio Gikovate, "Nós, Os Humanos". Gosto dos livros do Gikovate, pois eles trazem sempre uma abordagem nova da psicologia, e são escritos numa linguagem cativante e simplificada, para o grande público. Este novo livro está dividido em cinco capítulos que resumem o pensamento do Gikovate, e funciona como um resumo, ou uma introdução ao modo de pensar dele. Surpreendi-me com algumas colocações que ele fez, e que não haviam passado pela minha cabeça antes. Ele defende que o ser humano é composto de corpo e alma, incluindo na alma a mente, a consciência, tudo o que é imaterial. Diz que a alma está, nos dias que correm, sendo sufocada por uma espécie de pasteurização social que padronizou as pessoas, e que reprimiu o que elas têm de mais original. O resultado disto, entre outros efeitos, é a depressão, o chamado “mal do século”, cada vez mais frequente. E a falta de criatividade dos dias que correm, nos quais nada de efetivamente novo no campo das artes é desenvolvido, é igualmente uma manifestação do sufocamento imposto à alma. A proliferação de teorias biológicas, evolucionistas, também é uma conseqüência natural desta filosofia. Tudo é reputado à biologia ou à natureza: o homem é mulherengo porque é feito para ser assim, biologicamente falando. E este pensamento referenda certas noções perigosas, contra as quais deveríamos trabalhar. Por exemplo: o ser humano do sexo masculino é naturalmente violento, porque, em tempos imemoriais de seu desenvolvimento, tinha que caçar para conseguir alimentos para ele próprio, sua mulher e filhos. Jamais tinha pensado por este prisma, e vou rever meus conceitos, pois aderi ao pensamento biológico, sem atentar para seus malefícios.

sábado, 5 de setembro de 2009

Fim de ciclo

Li na Nova deste mês uma entrevista com a Juliana Paes em que ela aborda os ciclos da vida e a necessidade de respeitá-los. Ela afirma que não pretende mais ser madrinha de bateria de escola de samba nem fazer ensaio nu, pois fechou este ciclo. Agora, pretende ser produtora e diretora e afirmar-se de outras maneiras, pois sabe que já tem nome no mercado, e que não precisa se manter sempre na mídia; pode, enfim, experimentar mais. Analisei minha situação também como a de fim de um ciclo. Estou trabalhando na Vara por um período, mas já fechei este ciclo. Não quero mais trabalhar tanto, pois tenho objetivos de vida que considero incompatíveis com a energia que tem que ser gasta para trabalhar numa Vara do TRT-RJ. Pretendo fazer outro concurso e passar, e para isto preciso trabalhar menos horas para fazer curso e ter mais energia para estudar. E também perdi de vez qualquer ilusão de ascender no Tribunal; percebi que não é a minha praia. Tenho que direcionar a ascensão para outro lado.

domingo, 30 de agosto de 2009

Idade mínima para juiz

Não gosto muito da linha editorial da Veja, que considero agressiva demais, fazendo um julgamento e condenação prévia das pessoas envolvidas nos fatos tidos como de destaque. Mas comprei a última edição para ler, na Veja Rio, a matéria sobre curiosidades do fórum do RJ, o famoso TJ. Sou da área jurídica, e trata-se de um assunto que me desperta interesse. Na capa, vem a foto da mais jovem juíza em atividade no TJ-Rio, de 29 anos, e à frente da 40ª Vara Cível. Acho que deveria haver uma idade mínima para juiz. As pessoas muito jovens podem saber tudo da lei, da doutrina, da jurisprudência, mas normalmente pouco possuem de experiência, de vivência, e, em alguns casos, nem adequada sensibilidade têm. Suas decisões influem na vida de diversas pessoas, entidades, órgãos. Para proferir decisões deste tipo, nem sempre a letra da lei, da jurisprudência ou a doutrina são suficientes.

domingo, 23 de agosto de 2009

O grande feito do Vasco da Gama em 2009

Vasco da Gama, único motivo de orgulho do cada vez mais decadente futebol do Rio de Janeiro, que já foi chamado de a “vitrine do país”. O Vascão, embora na Segunda Divisão, foi o responsável pela maior bilheteria de todas as divisões do Campeonato Brasileiro no sábado, 22, pondo quase oitenta mil pessoas no Maracanã, sem registro de confrontos, por ser uma torcida só, inflamada, é verdade, como qualquer torcida de time de futebol. E que espetáculo bonito aconteceu! Fico orgulhosa de fazer parte desta torcida, e até lamento não ter comparecido ao Maraca para aumentar o numerário dos presentes. Enquanto isto, os demais times continuam a ser enxovalhados por aí. Neste final de semana, até que o Botafogo conseguiu arrancar um empatezinho com o divinificado Corinthians, em São Paulo, o que, nas circunstâncias atuais, é um feito. Enquanto isto, Fluminense (que empatou com o Barueri) e o (argh) Flamengo (massacrado por 3 X 0 pelo outrora modesto Avaí, de Floripa) descem cada vez mais a ladeira.
E por falar em Flamengo: como boa vascaína, gosto quando este time perde, mas, em sede de Campeonato Brasileiro, não consigo deixar de me lamentar, já que gosto que os cariocas sempre se dêem bem. Sou bairrista neste campeonato, e acabo torcendo mais pelo estado do Rio do que pelo time A, B, C ou D.

Desesperança Afetiva

Sempre que paro e penso no assunto, creio ser improvável arrumar um companheiro para viver junto. Não estou habituada a isto, pois sempre fui solitária. E, conforme ficamos mais velhos, nos tornamos mais chatos, mais exigentes, mais reservados, mais cientes do que queremos e não queremos. O medo de se envolver com a pessoa errada também parece aumentar. Na juventude, somos destemidos, nos apaixonamos e desapaixonamos mais facilmente, as coisas acontecem mais ao sabor da biologia, da aventura, dos sentimentos. Para quem, como eu, é muito racional e está quase sempre pensando, parece improvável que a paixão venha a me encontrar de novo. Imagino um relacionamento com uma pessoa atraente fisicamente, com quem primeiramente pintasse um clima, uma vontade de beijar, de abraçar, de “ficar”. A partir desta ficada, a coisa poderia ou não engrenar. Se engrenasse, seria por meio de uma relação de amizade, de intimidade crescente, e aí creio em que logo iríamos viver juntos, ou, então, vivermos cada um em sua casa, mas nos encontrando regularmente. Ou, então, imagino uma relação que evoluísse a partir de uma amizade, o que considero menos provável, pois não tenho nenhum amigo homem. É por estas razões que vejo como perda de tempo tentar engatilhar algo com dois caras da academia que frequento e que me paqueram efetivamente: além de não ter tesão por eles, também não são meus amigos. Observo lá outros homens que considero atraentes, com quem gostaria de “ficar”.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Trabalho contrariado

Trabalhar num local onde a gente não mais se sente bem não é mole. Torna-se cada vez mais difícil encarar o trabalho, os colegas e a rotina. Somente um senso de profissionalismo muito grande e o salário na conta fazem a gente se conformar um pouco mais com a situação de espera pela remoção para o local desejado. A ansiedade aumenta quando a remoção é elevada a um patamar fundamental para o implemento de um novo projeto de vida, com objetivos renovados e desafiadores, que demandam um tempo de dedicação que o trabalho pesado nos rouba. É chato não conseguir mais conversar com os colegas direito e isolar-se. É como uma automarginalização. Mas é que simplesmente não dá vontade de conversar, pois não há assunto; existe apenas a contrariedade por estar ali. É claro que as tarefas são cumpridas de acordo, já que o senso de profissionalismo prevalece, a não ser que a canalhice seja completa. Contudo, perde-se o gosto e a coisa flui sem amor, o que é péssimo. Para fugir de sentimentos ruins que provocam até apertos no coração, é necessário pensar naquele óbvio que qualquer mensagem de auto-ajuda que verse sobre o tema trata: precisamos ser felizes por termos trabalho e ganharmos o salário, pois há muita gente por aí desempregada, ou então empregada e ganhando um salário ridículo em relação ao esforço e à dedicação que empreende. É uma verdade que se impõe inexoravelmente. Sem, contudo, deixarmos de ansiar para que o dia da remoção para um lugar melhor de acordo com nossa ótica chegue logo. A vida nos espera com novas emoções!

domingo, 12 de julho de 2009

Adeus, Farrah!

No mesmo dia da morte do Michael, morreu a Farrah Fawcett, uma das panteras. Sofreu bastante de câncer, que enfim teve um epílogo. Ela também foi muito importante em minha infância, já que foi uma sex-symbol, apesar de, à época, eu gostar mais da Jacklyn Smith. Infelizmente, sua morte foi apagada pela do Michael.

Michael Jackson

Apesar de não conceber ver Michael Jackson velho, por considerar incompatível com uma pessoa tão complexada quanto ele, foi chocante chegar à casa após uma agradável comemoração com colegas de trabalho e ouvir a notícia da morte do “rei do pop”. Precisei ligar a Internet para me certificar de que se constituía na mais triste verdade. Michael partira, de uma brusca, inesperada e chocante parada cardíaca. Desaparecera um dos artistas que cresceram junto comigo e um cara que dançava como ninguém. Uma intuição fantástica me fez ganhar "Thriller" sem ter noção de que seria o álbum mais vendido da História. Sempre imaginei que ele morreria repentina e tragicamente, porém não deste jeito tão brusco. Até aparecer um outro que esteja em condições de ser parecido com ele em talento, demorará muito. E Michael, enfim, descansará, pois teve uma vida artística maravilhosa, mas uma vida pessoal conturbada ao extremo, tendo modificado o rosto ao extremo de ficar com uma cara estranha demais, algo parecida com a de um robô. Sua pele também ficou estranhamente branca, e tanto ele quanto sua família sempre foram esquisitos demais, principalmente o pai de Michael, com quem ele não se relacionava bem e que roubou sua infância. Michael morreu aparentemente por abuso de remédios, e este é um problema dos grandes ídolos: entram no isolamento, nas drogas, e morrem precocemente. É a cultura da celebridade, e poucos conseguem se manter bem neste status. Há familiares dizendo que ele foi assassinado, mas muita gente fantasia num momento como este, inclusive para aparecer no noticiário, sendo necessária prudência com estas especulações.

Bad boys

Em sua apresentação no Real Madrid na semana que encerrou, Cristiano Ronaldo superou em público o Kaká. O povo gosta dos bad boys mesmo! Meu gosto pessoal, contudo, recai nos certinhos como o Kaká. Não simpatizo com o Cristiano Ronaldo, apesar de achar seu sorriso bonito. É marrento demais, se acha demais, e logo desenvolvo antipatia por gente assim. Talvez as pessoas gostem dos bad boys porque gostariam de ser que nem eles, que fazem o que bem entendem, são rebeldes, comem todas as mulheres tidas como interessantes e se dão bem na vida, acabando por ganhar fama e muito dinheiro, quebrando a ordem pré-estabelecida e sendo bem sucedidos. Já eu, com minha educação certinha, gosto dos certinhos como Kaká. Mas também tenho gosto pelos os rebeldes, dependendo do nível da rebeldia. Só não gosto daqueles que se acham muito.

Retorno

Olá, após longo e tenebroso, literalmente, inverno, estou de volta. Nunca pensei em abandonar este espaço. na realidade, a falta de tempo e também de vontade me afastaram daqui. Mas voltei, e hoje os posts serão variados, na tentativa de recuperar o tempo perdido.

domingo, 14 de junho de 2009

Pessimismo de Dia dos Namorados

Sexta-feira, 12 de junho, foi a celebração do dia dos namorados. Para quem se habituou a passar esta data sozinho, alguns na verdade SEMPRE tendo passado esta data em situação solitária, é um dia como outro qualquer, e que já se tornou uma data consumista devido aos hábitos de nossa sociedade. Felizes aqueles que não ficam tristes por estar desacompanhados no dia dos namorados e encaram esta data como um dia normal, atualmente de forte apelo mercadológico, pois, para muitos que estão nesta condição, é uma data triste.
Algumas pessoas têm nos relacionamentos a parte mais complicada da existência, e não vêem condições de alteração nisto, ainda mais neste momento histórico em que o contexto das relações afetivas parece de fato muito mais complexo. Muitos, por exemplo, estão numa fase em que acham um saco sair para paquerar, e têm certo medo de relacionamentos, principalmente as mulheres bem-sucedidas que atraem aproveitadores. Esta negatividade termina por afastar possíveis interessados, pois não é possível pôr em prática as doutrinas professadas por um livro como O Segredo, no sentido de que somos o que pensamos. Outros se encontram em estado de namoro consigo mesmos, estão levantando a auto-estima, aprendendo a se cobrar menos e a se satisfazer com o que conseguem fazer. Estas pessoas não vêem espaço para ninguém mais na vida, agora, e talvez nunca, por já terem se habituado a ficarem sozinhas.
São conclusões nada otimistas, é verdade, porém, reais e com os pés no chão.

Medo de Voar?

O acidente aéreo com o voo 447, da Air France, foi obviamente muito triste. Como conceber que, nos dias que correm, de ampla facilidade de comunicação e de deslocamento para lugares distantes, através de aviões rápidos, modernos e seguros, uma tragédia de tal monta possa ter lugar? Como pensar em 228 vidas cheias de planos serem desfeitas em um segundo? Foi o momento destas pessoas partirem, em conjunto, e assim é a nossa vida: em um segundo, ela pode acabar, e tudo vai por terra; nada que julgamos tão essencial para nós nos prende aqui quando este momento chega. É por isto que temos que viver intensamente o momento, sempre tendo em mente que não poderá haver outra oportunidade.
O voo 447 deve ter encontrado uma condição climática extremamente adversa na Zona de Convergência Intertropical ativíssima no meio do Oceano Atlântico e no Nordeste do Brasil, onde continua provocando chuvas intensas que trouxeram tragédia para tanta gente. Provavelmente ocorreu uma situação de severidade climática extrema que afetou irremediavelmente o avião. Como o clima está mudando, em decorrência do aquecimento global, talvez seja o momento de alterar as rotas das viagens entre América do Sul e Europa, ao menos durante o período de forte atividade da Zona de Convergência Intertropical do Atlântico.
Mesmo diante desta e de outras tragédias, não sinto medo de viajar de avião, nunca senti, mesmo tendo demorado um pouco a viajar usando o ar como caminho. As estatísticas mostram que o avião continua sendo o meio mais seguro de viajar. O problema dos acidentes aéreos é que são trágicos demais, vitimam pessoas demais. Os acidentes nas estradas, que ocorrem diuturnamente, vitimando muita gente também, costumam deixar alguns vivos para contarem a história.
Minha crença é no sentido de que, quando chega a hora de partirmos, iremos de qualquer forma, estejamos num avião, num ônibus, num carro, numa moto, numa bicicleta ou a pé. Podemos estar também em repouso, no conforto do lar, no local de trabalho. Quando o momento chega, a missão está cumprida, e é chegada a hora de deixarmos esta vida, seja de que forma for.

domingo, 7 de junho de 2009

O Retorno

Está chegando a hora de voltar à rotina. É chato por um lado, pois é excelente ficar sem horários, sem correria, sem estresse. Por outro lado, é necessário retornar. Trata-se de uma obrigação, e estou pronta para ela.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Caso Sean

Saiu decisão judicial a respeito do caso do menino Sean, que viveu até os quatro anos de idade nos EUA, veio para o Brasil trazido pela mãe brasileira, sem autorização do pai americano, e passou a ter a guarda disputada pelo pai e pela família da mãe após a morte desta, em 2008, no parto de sua segunda filha. Sua guarda provisória estava com o padrasto.
A decisão obriga o padrasto a apresentar o enteado ao Consulado norte-americano em 48 horas, para que ele seja entregue ao pai. Baseia-se na Convenção de Haia, que determina que, não saindo a criança de um país sem autorização do pai e da mãe, em caso da morte de um deles a criança deverá retornar ao lugar de onde saiu para que a Justiça deste país aprecie o caso. Na hipótese em tela, o destino da criança será julgado pela Justiça do EUA, onde a família da mãe brasileira deverá pleitear sua guarda definitiva.
A família da mãe da criança mostra-se revoltada com a decisão, alegando que Sean manifestou seu desejo de permanecer no Brasil. O advogado entrou com medida visando o direito de recorrer da decisão.
É uma história muito delicada, por envolver a guarda de uma criança. Dela, contudo, podemos retirar uma verdade. Depois de residir nos EUA por um período e lá constituir família, a mãe achou por bem voltar ao Brasil com a criança à revelia do pai e do Governo norte-americano. E ela achou que tudo ficaria por isto mesmo, pois as conseqüências de sua atitude não repercutiriam no futuro. Aconteceu o inesperado: ela morreu jovem, de uma causa improvável, e a confusão se instalou. Caso, à época da separação, ela tivesse feito tudo da forma legal, oficializando a situação perante a Justiça dos EUA, mui provavelmente a situação atual seria menos afilitiva para todos.
A lição que podemos tirar deste triste episódio é que devemos fazer tudo de acordo com o ordenamento jurídico, mesmo que implique em lidar com burocracia, com o fator tempo e com outros empecilhos que nos aborrecem no momento. No final, esta cautela pode implicar em menos aborrecimentos futuros, pois ninguém sabe o dia de amanhã, e tudo o que é mal feito hoje poderá repercutir no futuro.

sábado, 23 de maio de 2009

Torcida pró-tecnologia

Que a vida contemporânea, no geral, é melhor do que a de anos ou séculos atrás, não há como negar. Os avanços da medicina, por exemplo, hoje em dia permitem que vivamos bem mais e aplacam nossas dores – há remédios para todas elas. A tecnologia nos propiciou um avanço fantástico, diminuindo as distâncias, permitindo a comunicação e o intercâmbio instantâneos. E talvez seja ela que viabilizará outro avanço: o de encurtar os percursos para que necessitemos cada vez menos de deslocamentos a fim de cumprir nossas tarefas cotidianas. Hoje em dia, há como fazer compras e movimentações bancárias, pagar contas, fazer cadastros pela Internet, sem que precisemos sair de casa. Quando chegará o dia em que poderemos trabalhar em casa e ganhar qualidade de vida, tendo tempo para dormir um pouco mais, ou acordar cedinho para ver o nascer do sol no bairro em que moramos; tempo para curtirmos a família ou os amigos, os vizinhos, as estrelas, os animais? Tempo precioso, e que perdemos cada vez mais nos tortuosos deslocamentos que precisamos fazer de casa para o trabalho e do trabalho para casa. As dificuldades com os transportes, os engarrafamentos e não raro os acidentes fazem com que percamos muito tempo neste deslocamento, e não raro chegamos a casa no tempo suficiente tão somente para dormir e acordar para enfrentar as mesmas dificuldades de percurso novamente, sem condições físicas e emocionais de dialogarmos com a família ou telefonarmos para os amigos. Muitos sequer conseguem ver os filhos acordados, pois saem de casa muito cedo e chegam muito tarde, horários em que as crianças estão dormindo! Diz o entrevistado Silvio Meira, especialista no assunto, numa edição da revista Marie Claire, que a tendência é esta: a tecnologia encurtar as distâncias para que possamos viver melhor. É torcer para que isto não demore a se difundir!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Justiça pelas próprias mãos

Observa-se, nos últimos dias, um aumento no noticiário referente a pessoas que reagem por conta própria a ladrões. A última notícia diz respeito a um assaltante de ônibus que foi dominado pelos passageiros no Jardim Botânico, por terem percebido que ele portava uma arma de brinquedo. A mídia logo ressalta o erro nesta conduta, afirmando ser sempre melhor não reagir. Esta ideia passada pelos meios de comunicação é evidente, pois não se pode conceber que eles incentivem as pessoas a fazer justiça pelas próprias mãos. Todavia, uma reflexão faz-se necessária. Um dos entrevistados pela TV disse que, não havendo reação das pessoas, o máximo que pode acontecer é a perda de bens materiais, enquanto que a reação pode ensejar a perda de vidas humanas. Só que as pessoas lutam muito para obter seus bens materiais, trabalham demais, e a vida está cara. Dói perder os bens também, mesmo não podendo estes ser comparados à vida. Este tipo de fala passa algo do gênero: se for roubado, é só comprar outro. Mas a pessoa viverá sempre assim, comprando as coisas e vendo-as serem levadas por bandidos? A revolta maior, e aparentemente é isto que está levando as pessoas a reagirem por conta própria aos ladrões, é contra as sensações de insegurança e de impunidade. As pessoas não confiam na polícia, nas leis e na justiça, sabem que os bandidos irão continuar atuando e vitimando cada vez mais pessoas. Sem endossar a realização de justiça pelas próprias mãos, é perfeitamente compreensível que as pessoas estejam seguindo esta conduta com uma frequência cada vez maior.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dificuldade de relacionamentos nos dias atuais

A TV exibiu na sexta-feira, 15 de maio, uma passeata inédita: a chamada passeata dos encalhados, composta por pessoas que estão sozinhas e que sentem dificuldade em arrumar namorado(a). É reflexo da aproximação do dia dos namorados, quando começa o bombardeio midiático a respeito da data e de comprar presentes para a pessoa que é o amor de nossas vidas. Neste período, é como se um despertador tocasse para as pessoas que estão solitárias, revelando a elas a precariedade de sua situação e a necessidade de arrumar alguém com urgência, mesmo que seja apenas para passar o dia dos namorados acompanhado(a). A maioria dos participantes da passeata era do sexo feminino, mas havia alguns homens também reclamando que não há meninas interessantes e que elas estão chatas, mostrando que, embora a dificuldade para arrumar alguém seja maior para as mulheres, ela se aplica também a alguns homens. Isto mostra o quanto a coisa está feia neste campo de relacionamentos. Serve para desfazer a impressão de que é um problema particular de quem está só, e não uma questão da sociedade contemporânea, que atinge a muita gente. Até gente mais velha, dizendo-se virgem, inclusive, e na condição de jamais ter tido um namorado, marcou presença na passeata. Isto mostra que nem tais pessoas estão resignadas à solidão. Há aqueles que se julgam fracos na paquera, por acreditarem ser tímidos e incapazes de executar as abordagens agressivas de outras pessoas.
Aparentemente, no Rio de Janeiro de hoje faltam opções. Onde encontrar homens interessantes? A impressão que todas as mulheres solteiras registram é a de que os homens interessantes sempre têm alguém. O suposto aumento do número de gays também é mencionado como um complicador para a questão.
Uma psicóloga foi bem enfática na TV: atualmente, as pessoas privilegiam a carreira, e somente depois de estabelecidas nesta área, um relacionamento pode ou não pintar. Ela respondeu isto a partir de uma indagação de uma mãe que, aos 25 anos, já era casada e mãe de três filhos e que vê sua filha da mesma idade encalhada. A filha até agora privilegiou a carreira, e somente há pouco tempo tocou o sinal de alerta no sentido de arrumar um namorado. Está a garota encarando as dificuldades contemporâneas neste terreno, numa época inteiramente diferente daquela da mãe dela. A crueza da psicóloga pode até ser chocante, mas talvez ela tenha sido tão somente realista. Estamos vivendo um novo tempo no tocante aos relacionamentos. O mais importante é não se sentir diminuído(a) por não ter um(a) parceiro(a), buscando a felicidade por si próprio(a), pois jamais devemos ver no outro o fator decisivo para estarmos ou não felizes. Utilizando as palavras da psicóloga: o relacionamento poderá ou não pintar em nossas vidas, mas não devemos nunca deixar de buscar a felicidade, nem deixar de identificá-la em momentos do nosso dia a dia. Precisamos nos empenhar no sentido de aumentar nossos momentos de felicidade, independente de termos um(a) parceiro(a).

sábado, 16 de maio de 2009

Convalescendo

Estou de molho, recuperando-me da videolaparoscopia realizada na quarta-feira. Tudo está correndo de acordo com o que tem que ser. Dá certa agonia ver os pontos na barriga. Tenho pontos no umbigo, no lado esquerdo da barriga e outro corte maior também do lado esquerdo. Quase que minha barriga teve que “ser aberta” para tirar o mioma, que estava grandinho. Felizmente, não foi necessário. Estou aproveitando para dormir bastante, pois estava com o sono atrasado devido às atribulações. É bom para mim permanecer a maior parte do tempo deitada, já que é a posição em que me sinto melhor, sem pressão na barriga. Obviamente não estou fazendo esforço físico algum, para que a recuperação ocorra bem rapidamente.

domingo, 10 de maio de 2009

Reflexões sobre o ser mãe

Hoje é dia das mães. Não se trata apenas de uma data comercial, que nos empurra para as lojas com a obrigação de comprar um presente para as mães a fim de transmitir materialmente o que sentimos por ela. E presente para mãe não pode ser qualquer coisa, tem que ser algo não necessariamente caro, porém significativo da consideração pelo fato dela ser o ser vivente que nos gerou, nos carregou durante nove meses na barriga, perdeu noites de sono para nos alimentar, para nos velar durante nossas doenças, para nos consolar durante nossas crises com o mundo, nossos choros.

Há, porém, uma divagação nem sempre muito bem trabalhada: e quando a gente sente dúvidas sobre se está em condições de deixar de ser filha para se tornar mãe? Muitos argumentam que este tipo de indagação se trata de um exercício mental que muitas vezes se constitui em perda de tempo, pois a gente de repente pode ficar grávida e aí vai ter que se tornar mãe de qualquer forma, a não ser que opte por interromper, em boa parte das vezes criminosamente, a gestação. Hoje em dia, todavia, é possível para muitas mulheres planejar a gravidez, e aí a parte analítica do cérebro começa a funcionar, pondo em xeque a história do instinto materno.

Talvez se tivessem tido a chance de pensar se deveriam ou não ter filhos, muitas mulheres optariam por não tê-los (ler isto será horrível para muita gente, mas não estou a fim de ser politicamente correta hoje, e desejo, sim, refletir sobre o tema). Muitas que os tiveram, todavia, mesmo em situações complicadas, afirmam não se arrepender, pois, entre altos e baixos, no cômputo geral valeu a pena ter tido filhos, pois eles trouxeram mais gratificações do que dissabores.

Para mim é árduo me posicionar, por não ter tido a experiência da maternidade. Genericamente falando, observo em algumas mulheres que se tornaram mães uma rudeza com os filhos que aparentemente não as qualificam para o (tido como) sagrado posto da maternidade. E percebo, felizmente na maioria delas, um carinho, um cuidado que me faz crer que a maternidade realmente pode implicar num padrão de comportamento bastante dedicado com os pequeninos seres que precisam de nossos cuidados por um bom tempo de vida. E quem sabe muitas dessas mulheres que hoje são mães zelosas (dentro das parcas possibilidades que a correria dos dias de hoje permite) passaram pela dúvida a respeito sobre se tinham talento ou não para serem mães?

domingo, 3 de maio de 2009

Como lidar com algo hoje asqueroso e que já foi prazeroso?


Mais uma semana começa, e penso em como conviver com o sentimento de asco por algo que nos dava prazer até pouco tempo. O pior de tudo é que é impossível não administrar este asco, pois o convívio é diário com a coisa propriamente dita! Aceito sugestões, pois desejo debater este tema. É importante fugir de maus sentimentos porque eles nos contaminam com uma energia negativa que acaba por nos prejudicar física e emocionalmente. Uma estratégia talvez seja a de se dedicar mais a um hobby, como uma fuga construtiva do mau sentimento. Escolher uma atividade prazerosa e se dedicar a ela nas horas vagas nos faz sentir melhor, recupera nossa auto estima e nos faz esquecer de que não gostamos daquela coisa asquerosa. Sair, ir à rua, mesmo sem objetivo aparente, também é bom, pois nos faz parar de pensar, já que o pensamento fixo em algo é nocivo. Dando uma simples volta vemos gente, corremos o saudável risco de encontrar alguém conhecido para um papo ou engatar uma amizade com alguém até então desconhecido, respiramos ar “puro” (fundamental nesta época em que vivemos por horas encarcerados no ar condicionado mal limpo; pena que o ar “puro” não é tão puro assim também), vemos a espontaneidade de uma criança, observamos pessoas com mais dificuldades do que nós, com deficiências físicas e/ou mentais, e percebemos que nosso asco talvez seja desmedido. Sobretudo, concluímos que tudo nesta vida é passageiro: a situação que nos aflige e da qual achamos que jamais escaparemos hoje irá se esvair em pouco tempo, pois a vida é cíclica. Amanhã, poderemos estar livres dela, e até de uma maneira inesperada, pois a vida também nos prega agradáveis surpresas.
Para animar um pouco, comecei a postagem com fotos da exposição de orquídeas do Jardim Botânico, excelente maneira de afastar pensamentos negativos. Acabou hoje, mas em setembro tem mais!

sábado, 2 de maio de 2009

Estreio um blog que almejo ser um veículo para a exposição e o debate de pontos de vista. Somente escreverei quando julgar que deverei fazê-lo, sem compromisso com dia, hora. Escrever para mim é uma terapia, faz-me bem, e espero conseguir postar mais comentários do que inicialmente acredito que conseguirei fazer. Além do mais, escrever é como qualquer exercício: quanto mais escrevemos, melhores nos tornamos nesta arte. Bem-vindos ao sueblog!


Vi o filme Divã, que mostra o poder da transformação sobre nós. Exibe os altos e baixos da vida, os vaivens que ela pode nos proporcionar. Quando achamos que está tudo devagar demais, dentro dos conformes, estagnado, repentinamente a vida pode se agitar, e este quadro todo se altera, para o bem ou para o mal, dependendo de nossos pontos de vista e valores. A terapia pode ser um agente deflagrador deste processo. Ela costuma ser muito importante para que ele aconteça, à medida que nos conduz ao autoconhecimento e nos dá forças para nos entendermos e alterarmos o que achamos que tem que ser mudado. Mas há gente que consegue enfrentar as oscilações da vida sem terapia. Sou adepta do poder da terapia, mas quem sou em para julgar quem não é simpatizante dela?