domingo, 23 de agosto de 2009

Desesperança Afetiva

Sempre que paro e penso no assunto, creio ser improvável arrumar um companheiro para viver junto. Não estou habituada a isto, pois sempre fui solitária. E, conforme ficamos mais velhos, nos tornamos mais chatos, mais exigentes, mais reservados, mais cientes do que queremos e não queremos. O medo de se envolver com a pessoa errada também parece aumentar. Na juventude, somos destemidos, nos apaixonamos e desapaixonamos mais facilmente, as coisas acontecem mais ao sabor da biologia, da aventura, dos sentimentos. Para quem, como eu, é muito racional e está quase sempre pensando, parece improvável que a paixão venha a me encontrar de novo. Imagino um relacionamento com uma pessoa atraente fisicamente, com quem primeiramente pintasse um clima, uma vontade de beijar, de abraçar, de “ficar”. A partir desta ficada, a coisa poderia ou não engrenar. Se engrenasse, seria por meio de uma relação de amizade, de intimidade crescente, e aí creio em que logo iríamos viver juntos, ou, então, vivermos cada um em sua casa, mas nos encontrando regularmente. Ou, então, imagino uma relação que evoluísse a partir de uma amizade, o que considero menos provável, pois não tenho nenhum amigo homem. É por estas razões que vejo como perda de tempo tentar engatilhar algo com dois caras da academia que frequento e que me paqueram efetivamente: além de não ter tesão por eles, também não são meus amigos. Observo lá outros homens que considero atraentes, com quem gostaria de “ficar”.

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