Hoje é dia das mães. Não se trata apenas de uma data comercial, que nos empurra para as lojas com a obrigação de comprar um presente para as mães a fim de transmitir materialmente o que sentimos por ela. E presente para mãe não pode ser qualquer coisa, tem que ser algo não necessariamente caro, porém significativo da consideração pelo fato dela ser o ser vivente que nos gerou, nos carregou durante nove meses na barriga, perdeu noites de sono para nos alimentar, para nos velar durante nossas doenças, para nos consolar durante nossas crises com o mundo, nossos choros.
Há, porém, uma divagação nem sempre muito bem trabalhada: e quando a gente sente dúvidas sobre se está em condições de deixar de ser filha para se tornar mãe? Muitos argumentam que este tipo de indagação se trata de um exercício mental que muitas vezes se constitui em perda de tempo, pois a gente de repente pode ficar grávida e aí vai ter que se tornar mãe de qualquer forma, a não ser que opte por interromper, em boa parte das vezes criminosamente, a gestação. Hoje em dia, todavia, é possível para muitas mulheres planejar a gravidez, e aí a parte analítica do cérebro começa a funcionar, pondo em xeque a história do instinto materno.
Talvez se tivessem tido a chance de pensar se deveriam ou não ter filhos, muitas mulheres optariam por não tê-los (ler isto será horrível para muita gente, mas não estou a fim de ser politicamente correta hoje, e desejo, sim, refletir sobre o tema). Muitas que os tiveram, todavia, mesmo em situações complicadas, afirmam não se arrepender, pois, entre altos e baixos, no cômputo geral valeu a pena ter tido filhos, pois eles trouxeram mais gratificações do que dissabores.
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