segunda-feira, 20 de julho de 2009
Trabalho contrariado
Trabalhar num local onde a gente não mais se sente bem não é mole. Torna-se cada vez mais difícil encarar o trabalho, os colegas e a rotina. Somente um senso de profissionalismo muito grande e o salário na conta fazem a gente se conformar um pouco mais com a situação de espera pela remoção para o local desejado. A ansiedade aumenta quando a remoção é elevada a um patamar fundamental para o implemento de um novo projeto de vida, com objetivos renovados e desafiadores, que demandam um tempo de dedicação que o trabalho pesado nos rouba. É chato não conseguir mais conversar com os colegas direito e isolar-se. É como uma automarginalização. Mas é que simplesmente não dá vontade de conversar, pois não há assunto; existe apenas a contrariedade por estar ali. É claro que as tarefas são cumpridas de acordo, já que o senso de profissionalismo prevalece, a não ser que a canalhice seja completa. Contudo, perde-se o gosto e a coisa flui sem amor, o que é péssimo. Para fugir de sentimentos ruins que provocam até apertos no coração, é necessário pensar naquele óbvio que qualquer mensagem de auto-ajuda que verse sobre o tema trata: precisamos ser felizes por termos trabalho e ganharmos o salário, pois há muita gente por aí desempregada, ou então empregada e ganhando um salário ridículo em relação ao esforço e à dedicação que empreende. É uma verdade que se impõe inexoravelmente. Sem, contudo, deixarmos de ansiar para que o dia da remoção para um lugar melhor de acordo com nossa ótica chegue logo. A vida nos espera com novas emoções!
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