segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Revendo Conceitos A Partir do Gikovate 01

Comecei a ler o novo livro do Flavio Gikovate, "Nós, Os Humanos". Gosto dos livros do Gikovate, pois eles trazem sempre uma abordagem nova da psicologia, e são escritos numa linguagem cativante e simplificada, para o grande público. Este novo livro está dividido em cinco capítulos que resumem o pensamento do Gikovate, e funciona como um resumo, ou uma introdução ao modo de pensar dele. Surpreendi-me com algumas colocações que ele fez, e que não haviam passado pela minha cabeça antes. Ele defende que o ser humano é composto de corpo e alma, incluindo na alma a mente, a consciência, tudo o que é imaterial. Diz que a alma está, nos dias que correm, sendo sufocada por uma espécie de pasteurização social que padronizou as pessoas, e que reprimiu o que elas têm de mais original. O resultado disto, entre outros efeitos, é a depressão, o chamado “mal do século”, cada vez mais frequente. E a falta de criatividade dos dias que correm, nos quais nada de efetivamente novo no campo das artes é desenvolvido, é igualmente uma manifestação do sufocamento imposto à alma. A proliferação de teorias biológicas, evolucionistas, também é uma conseqüência natural desta filosofia. Tudo é reputado à biologia ou à natureza: o homem é mulherengo porque é feito para ser assim, biologicamente falando. E este pensamento referenda certas noções perigosas, contra as quais deveríamos trabalhar. Por exemplo: o ser humano do sexo masculino é naturalmente violento, porque, em tempos imemoriais de seu desenvolvimento, tinha que caçar para conseguir alimentos para ele próprio, sua mulher e filhos. Jamais tinha pensado por este prisma, e vou rever meus conceitos, pois aderi ao pensamento biológico, sem atentar para seus malefícios.

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