domingo, 11 de julho de 2010

O CASO BRUNO

O caso Bruno foi o acontecimento da semana. Impressionou a todos pela violência e frieza. O goleiro e capitão do Flamengo já dera mostras de seu temperamento descontrolado e de seu apego pela violência: brigava com a maior torcida de clube do Brasil, fora acusado de agressão a mulheres e dera declarações que defendiam tal prática, tendo que se retratar depois. Deu para reparar que a retratação foi forçada pelas circunstâncias e não advinda de uma convicção verdadeira. Mas ninguém poderia imaginar que ele seria capaz de cometer um crime tão bárbaro. Talvez a vítima tenha perturbado demais o atleta e tenha “cutucado a fera com vara curta”, despertando o que de pior havia nele. Ela deveria estar insistindo demais para que ele assumisse o filho e pagasse pensão, sem imaginar aquilo que ele seria capaz de fazer.
A frieza de Bruno nos leva à conclusão de que ele é um psicopata que somente se preocupa com ele mesmo, não sente remorso e não admite ser perturbado por quem quer que seja, não abrindo mão de matar, se for necessário. Quando foi preso, ele manteve a expressão altiva, o peito estufado, o corpo erguido e não tapou o rosto em momento algum, deixando-nos crer que não estava se importando com o que estava acontecendo. De acordo com uma gravação, a preocupação dele foi a de não mais poder jogar a Copa de 2014. A deformação ali não decorre apenas do despreparo para lidar com a fama e o dinheiro e da desestrutura familiar; decorre de uma falha de caráter, de uma deformidade mental análoga a uma deformidade física.
Bruno arregimentou um bando de gente para assassinar uma mulher. Queria matá-la em grande estilo, o que mostra o ódio que ele sentia por ela. Seus amigos, gente também do mal, foram recrutados para a tarefa, como se ele quisesse reunir todos aqueles aos quais era apegado para a “tarefa de sua vida”.
Bruno jogou fora a oportunidade de encaminhar-se para um destino de glória por não ter condições de levar uma vida normal no sentido de respeitar sua condição de pessoa pública, atleta, capitão e ídolo. Nem sequer condições de levar um dia a dia de pessoa comum ele teria, por sua natureza intrinsecamente violenta. Ele seria capaz de cometer um crime bárbaro independente da posição que ocupasse na sociedade.
Outro fato que impressiona neste caso é o nível de desajustamento das pessoas envolvidas. Além do assassino, da vítima e das demais pessoas envolvidas (principalmente o ex-policial que teria sido o executor e ocultador do cadáver), os avós paternos e maternos de Bruno e da Eliza também tiveram comportamentos condenáveis no passado. Pobre da criança que foi gerada deste fugaz relacionamento! Será que ela seguirá a sina de ser uma pessoa também desajustada? Torçamos para que não!!

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