sábado, 22 de dezembro de 2012

Impressões sobre o Leblon

Já que o mundo nao acabou ontem, e nenhuma catástrofe aconteceu, a vida segue normalmente. E hoje, depois da praia no Posto 10 de Ipanema e de um almoço no restaurante a quilo Kilograma, no mesmo bairro, fui desbravar o célebre Leblon a pé. Pouco conheço do bairro, pois não o freqüento. Na verdade, não o acho esta coisa toda pela qual ficou famoso. Talvez não simpatize muito com o Leblon por considerá-lo espremido demais. As ruas são demasiadamente apertadas, e isto me dá nervoso. Prefiro bairros mais amplos, mas não precisam ser tão amplos como o é a Barra (e decerto foi por ser espacialmente oposta que a Barra se contrapôs à Zona Sul e se firmou como um lugar para quem aprecia a amplidão). Considero Ipanema como um bairro apertado na medida certa, aconchegante, gostoso. De Copacabana também não gosto, exceto pelo comércio pujante: é apertada, barulhenta, cheia e misturada demais.
Vi como o Leblon foi afetado pelas recém iniciadas obras do metrô. Será um benefício a longo prazo que demanda sacrifícios no presente. Dois trechos da Ataulfo de Paiva estão fechados ao tráfego de veículos.
Observei points como o bar Jobi, a Bibi Sucos, a Pizzaria Guanabara, a livraria Argumento, o Celeiro. Vi um point novo, a livraria Saraiva. Descobri que há uma Granado no bairro, assim como um La Mole (desde 1956, diz o toldo que guarda a parte externa do restaurante) e uma filial da Casa do Alemão. Caminhei por ruas como a Dias Ferreira (a dos bares como o Boteco Belmonte e o Venga!), cruzei com a rua Humberto de Campos, passei pela avenida Bartolomeu Mitre e vi onde finda a rua Conde de Bernadote, a dos teatros. Talvez um dos motivos pelos quais o Leblon se celebrizou como um lugar legal seja a existência destes nichos: o dos teatros, o dos barzinhos, o das livrarias, tudo pertinho dentro do bairro, possível de ser freqüentado transitando a pé.
Ve-se gente bonita no Leblon, mas também vê-se gente não tão bem aquinhoada pela natureza, e que mora longe, pega vans que trafegam pelo bairro. São pessoas que movimentam o Leblon, colaborando para a sua fama.
Observei alguns judeus a meio caminho do tradicionalismo (não tanto quanto os que vi na B & H em NY). Onde mais eles poderiam viver fora no bairro dos endinheirados?
Mas prefiro outros bairros, definitivamente. Decerto pelo hábito de frequentá-los, pois o ser humano se adapta ao meio onde vive, com facilidade. E cito dois: Ipanema e Tijuca, com a dimensão exata para as minhas necessidades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário