Introversão não é defeito!!

Esta semana, ouvi o programa do Flavio Gikovate na rádio CBN, como faço constantemente, e apreciei sobremaneira o jeito como ele enfocou a questão da introversão na nossa sociedade. Cobra-se das pessoas um jeito de ser extrovertido e alegre, sempre. O introvertido acha que é inferior, que possui um defeito grave, e, caso fique imbuído de ser portador desta condição, torna-se ainda mais introvertido. Sou introvertida, e hoje consciente de que este é um jeito de ser, e não um defeito. Gikovate também comentou não gostar da expressão “jogar conversa fora”, por considerar que conversa não é algo para ser praticado de forma irresponsável, nem ser “jogado fora”. O introvertido normalmente gosta de conversar quando o assunto em baila é relevante, quando acha adequado apresentar uma argumentação. Mas os assuntos corriqueiros do dia a dia normalmente são conversas “jogadas fora”, por se tratarem de fofocas ou maledicências, e aí o introvertido prefere se calar. Agindo desta forma, costumeiramente é tido como antipático. Aprendi que, para ter uma boa convivência social, mesmo que o assunto não seja interessante, é de bom tom tecer um comentário, manifestar-se, ainda que para mudar o rumo da prosa. Desta forma, a gente finge que participa dos assuntos interessantes e permanece sendo bem recebido pelo grupo. E não se sente violentando a essência própria de apreciar assuntos interessantes por estar “jogando conversa fora”, pois sabe se tratar apenas de uma estratégia para a boa convivência.