Sexta-feira, 12 de junho, foi a celebração do dia dos namorados. Para quem se habituou a passar esta data sozinho, alguns na verdade SEMPRE tendo passado esta data em situação solitária, é um dia como outro qualquer, e que já se tornou uma data consumista devido aos hábitos de nossa sociedade. Felizes aqueles que não ficam tristes por estar desacompanhados no dia dos namorados e encaram esta data como um dia normal, atualmente de forte apelo mercadológico, pois, para muitos que estão nesta condição, é uma data triste.
Algumas pessoas têm nos relacionamentos a parte mais complicada da existência, e não vêem condições de alteração nisto, ainda mais neste momento histórico em que o contexto das relações afetivas parece de fato muito mais complexo. Muitos, por exemplo, estão numa fase em que acham um saco sair para paquerar, e têm certo medo de relacionamentos, principalmente as mulheres bem-sucedidas que atraem aproveitadores. Esta negatividade termina por afastar possíveis interessados, pois não é possível pôr em prática as doutrinas professadas por um livro como O Segredo, no sentido de que somos o que pensamos. Outros se encontram em estado de namoro consigo mesmos, estão levantando a auto-estima, aprendendo a se cobrar menos e a se satisfazer com o que conseguem fazer. Estas pessoas não vêem espaço para ninguém mais na vida, agora, e talvez nunca, por já terem se habituado a ficarem sozinhas.
São conclusões nada otimistas, é verdade, porém, reais e com os pés no chão.
domingo, 14 de junho de 2009
Medo de Voar?
O acidente aéreo com o voo 447, da Air France, foi obviamente muito triste. Como conceber que, nos dias que correm, de ampla facilidade de comunicação e de deslocamento para lugares distantes, através de aviões rápidos, modernos e seguros, uma tragédia de tal monta possa ter lugar? Como pensar em 228 vidas cheias de planos serem desfeitas em um segundo? Foi o momento destas pessoas partirem, em conjunto, e assim é a nossa vida: em um segundo, ela pode acabar, e tudo vai por terra; nada que julgamos tão essencial para nós nos prende aqui quando este momento chega. É por isto que temos que viver intensamente o momento, sempre tendo em mente que não poderá haver outra oportunidade.
O voo 447 deve ter encontrado uma condição climática extremamente adversa na Zona de Convergência Intertropical ativíssima no meio do Oceano Atlântico e no Nordeste do Brasil, onde continua provocando chuvas intensas que trouxeram tragédia para tanta gente. Provavelmente ocorreu uma situação de severidade climática extrema que afetou irremediavelmente o avião. Como o clima está mudando, em decorrência do aquecimento global, talvez seja o momento de alterar as rotas das viagens entre América do Sul e Europa, ao menos durante o período de forte atividade da Zona de Convergência Intertropical do Atlântico.
Mesmo diante desta e de outras tragédias, não sinto medo de viajar de avião, nunca senti, mesmo tendo demorado um pouco a viajar usando o ar como caminho. As estatísticas mostram que o avião continua sendo o meio mais seguro de viajar. O problema dos acidentes aéreos é que são trágicos demais, vitimam pessoas demais. Os acidentes nas estradas, que ocorrem diuturnamente, vitimando muita gente também, costumam deixar alguns vivos para contarem a história.
Minha crença é no sentido de que, quando chega a hora de partirmos, iremos de qualquer forma, estejamos num avião, num ônibus, num carro, numa moto, numa bicicleta ou a pé. Podemos estar também em repouso, no conforto do lar, no local de trabalho. Quando o momento chega, a missão está cumprida, e é chegada a hora de deixarmos esta vida, seja de que forma for.
O voo 447 deve ter encontrado uma condição climática extremamente adversa na Zona de Convergência Intertropical ativíssima no meio do Oceano Atlântico e no Nordeste do Brasil, onde continua provocando chuvas intensas que trouxeram tragédia para tanta gente. Provavelmente ocorreu uma situação de severidade climática extrema que afetou irremediavelmente o avião. Como o clima está mudando, em decorrência do aquecimento global, talvez seja o momento de alterar as rotas das viagens entre América do Sul e Europa, ao menos durante o período de forte atividade da Zona de Convergência Intertropical do Atlântico.
Mesmo diante desta e de outras tragédias, não sinto medo de viajar de avião, nunca senti, mesmo tendo demorado um pouco a viajar usando o ar como caminho. As estatísticas mostram que o avião continua sendo o meio mais seguro de viajar. O problema dos acidentes aéreos é que são trágicos demais, vitimam pessoas demais. Os acidentes nas estradas, que ocorrem diuturnamente, vitimando muita gente também, costumam deixar alguns vivos para contarem a história.
Minha crença é no sentido de que, quando chega a hora de partirmos, iremos de qualquer forma, estejamos num avião, num ônibus, num carro, numa moto, numa bicicleta ou a pé. Podemos estar também em repouso, no conforto do lar, no local de trabalho. Quando o momento chega, a missão está cumprida, e é chegada a hora de deixarmos esta vida, seja de que forma for.
domingo, 7 de junho de 2009
O Retorno
Está chegando a hora de voltar à rotina. É chato por um lado, pois é excelente ficar sem horários, sem correria, sem estresse. Por outro lado, é necessário retornar. Trata-se de uma obrigação, e estou pronta para ela.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
O Caso Sean
Saiu decisão judicial a respeito do caso do menino Sean, que viveu até os quatro anos de idade nos EUA, veio para o Brasil trazido pela mãe brasileira, sem autorização do pai americano, e passou a ter a guarda disputada pelo pai e pela família da mãe após a morte desta, em 2008, no parto de sua segunda filha. Sua guarda provisória estava com o padrasto.
A decisão obriga o padrasto a apresentar o enteado ao Consulado norte-americano em 48 horas, para que ele seja entregue ao pai. Baseia-se na Convenção de Haia, que determina que, não saindo a criança de um país sem autorização do pai e da mãe, em caso da morte de um deles a criança deverá retornar ao lugar de onde saiu para que a Justiça deste país aprecie o caso. Na hipótese em tela, o destino da criança será julgado pela Justiça do EUA, onde a família da mãe brasileira deverá pleitear sua guarda definitiva.
A família da mãe da criança mostra-se revoltada com a decisão, alegando que Sean manifestou seu desejo de permanecer no Brasil. O advogado entrou com medida visando o direito de recorrer da decisão.
É uma história muito delicada, por envolver a guarda de uma criança. Dela, contudo, podemos retirar uma verdade. Depois de residir nos EUA por um período e lá constituir família, a mãe achou por bem voltar ao Brasil com a criança à revelia do pai e do Governo norte-americano. E ela achou que tudo ficaria por isto mesmo, pois as conseqüências de sua atitude não repercutiriam no futuro. Aconteceu o inesperado: ela morreu jovem, de uma causa improvável, e a confusão se instalou. Caso, à época da separação, ela tivesse feito tudo da forma legal, oficializando a situação perante a Justiça dos EUA, mui provavelmente a situação atual seria menos afilitiva para todos.
A lição que podemos tirar deste triste episódio é que devemos fazer tudo de acordo com o ordenamento jurídico, mesmo que implique em lidar com burocracia, com o fator tempo e com outros empecilhos que nos aborrecem no momento. No final, esta cautela pode implicar em menos aborrecimentos futuros, pois ninguém sabe o dia de amanhã, e tudo o que é mal feito hoje poderá repercutir no futuro.
A decisão obriga o padrasto a apresentar o enteado ao Consulado norte-americano em 48 horas, para que ele seja entregue ao pai. Baseia-se na Convenção de Haia, que determina que, não saindo a criança de um país sem autorização do pai e da mãe, em caso da morte de um deles a criança deverá retornar ao lugar de onde saiu para que a Justiça deste país aprecie o caso. Na hipótese em tela, o destino da criança será julgado pela Justiça do EUA, onde a família da mãe brasileira deverá pleitear sua guarda definitiva.
A família da mãe da criança mostra-se revoltada com a decisão, alegando que Sean manifestou seu desejo de permanecer no Brasil. O advogado entrou com medida visando o direito de recorrer da decisão.
É uma história muito delicada, por envolver a guarda de uma criança. Dela, contudo, podemos retirar uma verdade. Depois de residir nos EUA por um período e lá constituir família, a mãe achou por bem voltar ao Brasil com a criança à revelia do pai e do Governo norte-americano. E ela achou que tudo ficaria por isto mesmo, pois as conseqüências de sua atitude não repercutiriam no futuro. Aconteceu o inesperado: ela morreu jovem, de uma causa improvável, e a confusão se instalou. Caso, à época da separação, ela tivesse feito tudo da forma legal, oficializando a situação perante a Justiça dos EUA, mui provavelmente a situação atual seria menos afilitiva para todos.
A lição que podemos tirar deste triste episódio é que devemos fazer tudo de acordo com o ordenamento jurídico, mesmo que implique em lidar com burocracia, com o fator tempo e com outros empecilhos que nos aborrecem no momento. No final, esta cautela pode implicar em menos aborrecimentos futuros, pois ninguém sabe o dia de amanhã, e tudo o que é mal feito hoje poderá repercutir no futuro.
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