Ontem, deu tempo de ver pela TV a matéria exibida no programa do Luciano Huck sobre o retorno da Laís Souza do Brasiil e a sua situação atual. Seu aniversário foi comemorado hoje no programa, mas deu para perceber a cara de tristeza da ex-atleta e dos convidados, seus ex-colegas de ginástica oliímpica. A única mais animadinha era a Daiane dos Santos. Realmente, é triste. Devia ser a primeira vez que eles estavam vendo a ex-colega depois do acidente que a deixou paralisada do pescoço para baixo, aos 25 anos. A fala da Laís, frisando que a única vantagem de sua condição era a de poder tatuar o corpo todo, caso desejasse, pois não sentiria dor nenhuma, também foi muito comovente (ela mostrou duas tatuagens que fez recentemente, numa das pernas e num dos braços). Ela sobrevive com uma pensão do COB, que custeou o seu tratamento nos EUA, e pede doações em um site. Luciano Huck, que tem muito dinheiro e poderia doar bastante, ficou de dar um carro adaptado para ela, que provavelmente continuará o tratamento na rede Sarah Kubitschek. Mas aqui no Brasil é tudo muito mais complicado. E, mesmo em países mais adiantados, como os EUA, a evolução no tratamento dos tetraplégicos também é muito lenta. Laís disse que sente um pouco as mãos, a barriga e os pés, depois de quase um ano de tratamento.
Espero que tenham aprendido a lição e percebido que não dá para migrar adequadamente uma atleta de uma modalidade para outra sem tradição no Brasil, e de modo rápido. Deu no que deu. Creio em que deveria haver uma sondagem, desde a mais tenra idade, a respeito de atletas brasileiros que se interessassem por esportes de inverno, a fim de começar a investir pesado neles, inclusive levando-os para morar nos países de frio e para treinar pesado lá por bastante tempo antes de que fossem inscritos em olimpíadas de inverno.
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