Segundo o sociólogo alemão Norbert Elias, as pessoas preferem ficar sozinhas porque se sentem cada vez com menos coisas em comum com as demais. O sentimento de ter que se unir para superar as adversidades foi superado pelo tempo e pelas sucessivas invenções que individualizaram os outrora membros de grupos. As pessoas se tornaram muito diferentes e a sociedade passou a ser vista como uma massa que nos reprime e não nos compreende. Tendemos a nos ver como uma coisa separada, existindo sem relação com outras pessoas. Achamos que nós tornamos tão únicos que ninguém nos entenderá. Esta é uma sensação recorrente na vida de Eliana, e ela agora percebe que possui um fundamento teórico.
Estar sozinho não significa viver isolado, e sim ter o seu ponto de aconchego, o seu espaço de conforto, individuação e independência. Quando desejamos estar com os amigos ou um parceiro afetivo, podemos procurá-los. Quando desejamos circular, ver e sermos vistos, é só circular por aí.
Mas, para se dar bem sozinho, é necessário gostar da própria companhia, que é a única com que poderemos contar por toda a vida. Por incrível que possa parecer, há muita gente que não gosta da sua própria companhia.
Mas, para se dar bem sozinho, é necessário gostar da própria companhia, que é a única com que poderemos contar por toda a vida. Por incrível que possa parecer, há muita gente que não gosta da sua própria companhia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário