Segundo uma teoria com a qual concordo, as vaias dirigidas à Presidente Dilma Rousseff, entremeadas com palavrões, foram desrespeitosas com o cargo que ela ocupa e com o evento de repercussão mundial em que aconteceram (a abertura da Copa do Mundo). Nem sou partidária dela, mas concordo com isto. Seria contra este tipo de tratamento a qualquer um que estivesse no lugar da Dilma. Os palavrões são uma amostra da boçalidade que inunda a cultura brasileira contemporânea. Seja entre os mais jovens ou os mais velhos, entre homens e mulheres, entre pessoas cultas e iletrados, o palavrão se tornou uma banalidade. É este o nível de nossa sociedade atual.
Outro reflexo do baixo nível de nossa sociedade foi por mim vislumbrado ontem. Há muito tempo não sintonizava o programa da Luciana Gimenez, e ontem passei pela Rede TV e decidi reviver experiências há algum tempo não vividas. O assunto em debate eram as Marias Chuteiras. A entrevistada principal da noite era a Patrícia Jordane, capa da "Playboy" mais recente e que diz ter tido um caso com o Neymar. O jogador nega, e cogita processar a revista. A promessa era a Patrícia fazer revelações sobre Neymar. Havia outras entrevistadas, e a única por mim conhecida era a Renata Frisson, mais conhecida como Mulher Melão. Ela teve que ouvir de um dos debatedores que teve que sair da Barra e voltar a morar na Vila Valqueire por um período devido ao fato de um jogador de futebol ter parado de sustentá-la.
E surgiu a tal da Dani Sperle, com dicas para quem deseja se tornar uma Maria Chuteira. A primeira delas era a de cuidar bem dos cabelos e das unhas. A outra, inevitável era: usar roupas bem provocantes. Mais uma: saber quais boates e pagodes os jogadores alvos frequentam, e tratar de ir para lá. Outra: não falar de futebol com os jogadores. Falar de cinema, teatro, alguma festa que esteja rolando, mas de futebol, nunca. Não esquecer de obter o What's App do jogador, para manter contato, e nem de tirar foto com ele para mostrar para as amigas e provar que esteve com o dito cujo.
Foi baixo nível demais para mim. Tratei de desligar a TV e de pegar um livro antes de ir dormir. Melhor recordar um pouquinho de NY lendo "O Guia de NY", do Pedro Andrade, do que entupir-me de cultura inútil.
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