segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Fracasso afetivo existe?

Selma ouviu o programa do psicoterapeuta Flávio Gikovate. Ele disse que a inveja é um sentimento que todos sentem, mas que as pessoas adoram esconder que sentem, pois não é de bom tom admitir que se tem inveja. Segundo ele, as pessoas ou são invejosas ou são mentirosas. Invejamos aquilo que admiramos, ou seja, a inveja decorre da admiração, sempre, assim como acontece com o amor. Devemos admitir que sentimos inveja, para que possamos começar a desmistificar este sentimento. A partir desta constatação, surgiu uma pergunta de uma pessoa que se disse fracassada nas vidas afetiva e profissional, e invejosa daquelas que são felizes nestes campos e nos demais na vida. Gikovate afirmou que é besteira se julgar um fracassado na vida afetiva e na vida profissional, pois a pessoa que assim se classifica ainda não morreu, e até este momento tudo pode acontecer. Profissionalmente, a pessoa pode demorar a se ajustar, e, afetivamente, a pessoa pode não ser feliz no estilo tradicional, com família e filhos, mas isto não é garantia de felicidade. A felicidade afetiva pode vir de relações não convencionais, de formas diferentes de se relacionar, em uma etapa mais tardia da vida, quando tiver que ser. Selma, que não segue o tempo convencional para a maioria das pessoas, concluiu que, então, não devo mais se julgar uma fracassada no terreno afetivo. Quem sabe a felicidade neste campo só virá mais tarde para ela?

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