sábado, 30 de novembro de 2013
Coisas de Massa
Hoje teve final da Copa do Brasil, e o vitorioso foi o Flamengo, que venceu o Atlético-PR por 2 a 0. Não tenho gosto por times de massa, como Flamengo e Corinthians. Não sou chegada a nada que seja de massa. Considero as coisas de massa como ópios do povo, necessários para manter a paz social como veículo de extravasamento de instintos agressivos humanos bem primais, e, portanto, focos de intolerância, brincadeiras de mau gosto, agressões, muita coisa de ruim, enfim. As torcidas destes times são horrorosas. E é necessário muito cuidado com o que se diga em oposição a tudo o que se refira ao futebol e especialmente aos clubes de massa como os supra mencionados. Afinal, boa parte dos torcedores destes times encaram os ditos cujos como uma religião contra a qual não cabe contestação alguma. Não sou assim, felizmente, e não entendo como clubes de futebol podem provocar este fanatismo todo. E não há jeito: é preciso que convivamos com "entidades" do gênero.
As meninas e o colégio São Bento
Curiosa toda esta polêmica sobre a aceitação de meninas no Colegio São Bento. Ontem foi divulgado que isto iria acontecer, o que foi desmentido hoje. É o tipo de questão que poderia ser considerada resolvida nos dias atuais em países como o Brasil. Mas em alguns segmentos ainda prevalece uma postura arcaica e defasada. Agora, então, que o colégio São Bento acabou de conquistar uma posição importante na avaliação do Enem, devem pensar em que a aceitação de meninas vai por a perder está vitória, e que é melhor deixar tudo como está, pois em time que está ganhando não de mexe. Com a mentalidade antiga que têm em relação à mulher, apesar da qualidade do ensino, não me surpreende se revelarem explicitamente este pensamento!
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Fracasso afetivo existe?
Selma ouviu o programa do psicoterapeuta Flávio Gikovate. Ele disse que a inveja é um sentimento que todos sentem, mas que as pessoas adoram esconder que sentem, pois não é de bom tom admitir que se tem inveja. Segundo ele, as pessoas ou são invejosas ou são mentirosas. Invejamos aquilo que admiramos, ou seja, a inveja decorre da admiração, sempre, assim como acontece com o amor. Devemos admitir que sentimos inveja, para que possamos começar a desmistificar este sentimento. A partir desta constatação, surgiu uma pergunta de uma pessoa que se disse fracassada nas vidas afetiva e profissional, e invejosa daquelas que são felizes nestes campos e nos demais na vida. Gikovate afirmou que é besteira se julgar um fracassado na vida afetiva e na vida profissional, pois a pessoa que assim se classifica ainda não morreu, e até este momento tudo pode acontecer. Profissionalmente, a pessoa pode demorar a se ajustar, e, afetivamente, a pessoa pode não ser feliz no estilo tradicional, com família e filhos, mas isto não é garantia de felicidade. A felicidade afetiva pode vir de relações não convencionais, de formas diferentes de se relacionar, em uma etapa mais tardia da vida, quando tiver que ser. Selma, que não segue o tempo convencional para a maioria das pessoas, concluiu que, então, não devo mais se julgar uma fracassada no terreno afetivo. Quem sabe a felicidade neste campo só virá mais tarde para ela?
Marcos Palmeira
Hoje, Elisa viu o programa Marília Gabriela Entrevista, com o Marcos Palmeira. Infelizmente não conseguiu ver a íntegra do programa, mas gostou do que vi. Marcos é um sujeito bacana, calmo, do tipo que não esquenta com nada e dorme a toa. Qualquer semelhança com a pessoa de Elisa não é mera coincidência, daí ela ter passado a admirá-lo ainda mais. Mas ele, que faz análise há dez anos, disse ter dificuldades em controlar sua agressividade. E afirmou fazer, às vezes, sessões duas vezes na semana, o que já cercou Elisa de dúvidas acerca de sua personalidade ser repleta das virtudes acima listadas, ou destas virtudes terem sido construídas a partir de um árduo trabalho de análise. Resumindo: Marquinhos é tão normal quanto parece, ou tem vários defeitos sérios que são controlados? O ator também falou algo interessante sobre o equilíbrio. Baseado em sua experiência como empresário da área de cultivo de produtos orgânicos, afirmou que existem noções da agricultura que também podem ser transportadas para o dia a dia das pessoas. Uma delas é a de que as pragas são fruto de uma ausência de equilíbrio. Assim como na agricultura, se no dia a dia as pessoas estão tendo um problema aqui e acolá, com uma e outra pessoa, é porque está havendo um desequilíbrio. Imediatamente Elisa lembrou do que está acontecendo em seu setor de trabalho.
Esta entrevista fez Elisa passar a admirar Marcos Palmeira mais um pouco.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Exposição Yayoi Kusama - CCBB
Nesta segunda-feira prestigiei uma atividade cultural, algo que senti oportuno e necessário depois de um dia modorrento de trabalho e alguma atribulação. Segunda é um dia bom, pois os eventos culturais não enchem tanto. Fui ao CCBB para ver a exposição da artista plástica Yayoi Kusama, a maior artista do gênero viva do Japão, nascida em 1929 e que experimentou a efervescência da Pop Art em Nova York entre 1957 e 1973. Portadora de distúrbios psiquiátricos envolvendo obsessões e despersonalização (sei lá o que é isto no âmbito psiquiátrico), em 1973 ela retornou ao Japão e voluntariamente se internou numa clínica psiquiátrica, aonde vive até hoje, ainda produzindo arte. O que mais me chamou a atenção foram os ambientes interativos, como um em que o visitante ganha uma cartela de bolas coloridas autocolantes e pode sair colando-as onde quiser no recinto, inclusive em si mesmo (nesta hipótese, tem que "se limpar" ao sair). Bolas coloridas são uma das obsessões de Yayoi, juntamente com o fálico, o horror ao sexo e à penetração. Há uma sala cheia de pênis de plástico com bolinhas vermelhas. A sala escura com as bolinhas coloridas, que vão mudando de cor de acordo com a iluminação, é bem natalina e bonita. Trata-se de uma exposição que atiça os sentidos e é interessante de ser vista.
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