domingo, 19 de maio de 2013
Impressões sobre o primeiro episódio de As Canalhas
Ana Paula lembrou do programa que viu no penúltimo final de semana, As Canalhas, no canal por assinatura GNT, que mostra certas situações desafiadoras perpetradas por mulheres, e que são afrontosas à moral vigente. As protagonistas sacaneiam pessoas próximas como chefes, filhos, idosos, vizinhos, amigos, e não se sentem nem um pouco culpadas por isto. É o tipo de programa propício para ser exibido somente na TV fechada, pois seria deveras polêmico para uma TV aberta, que atinge mais às pessoas em geral e que são muito presas a conceitos tradicionais. O mote do programa é mostrar que os homens cometem mais canalhices, mas as mulheres, quando o fazem, cometem em maior qualidade. No primeiro episódio, Mônica Martelli faz Amélia, uma mulher de 46 anos que transa com o namorado da filha, de 18. Ambos engrenam um caso por mais de um ano, até que o rapaz muda-se para São Paulo por conta de uma proposta de emprego e estudo, e a distância ajuda no final do relacionamento. Ambos arrumam novos parceiros. A filha de Amélia não toma conhecimento do caso, embora em algumas ocasiões tenha chegado perto de um flagra dos dois. Ana, de faixa etária idêntica a de Amélia, hoje em dia também teria casos com garotões sem culpa alguma do tipo "ele tem idade para ser meu filho" e outras mais. Afinal, depois dos quarentinha, não há mais muito tempo para fazer o que se tem vontade, pois a sensação de estar rumo ao ocaso da vida aumenta. Daí conclui-se que, se as pessoas têm vontade e não estão infringindo a lei (neste caso saindo com pessoas menores de idade, por exemplo), se os envolvidos são adultos, por quê não fazê-lo? Que se dane a moral vigente e o que os outros pensam quando os envolvidos pagam as próprias contas e são bons cidadãos. Eis a moral principal deste episódio, para Ana Paula.
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