segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Ideal de Homem
Ouvi hoje sobre como as mulheres acharam belos os homens do BOPE e do CORE que ontem participaram da invasão do Complexo do Alemão. Aqueles homens satisfazem o ideal de macho que perseguimos: são atléticos, demonstram coragem, portam armas que são um símbolo fálico por excelência, usam fardas e ainda por cima, na condição de policiais, são protetores. Reúnem, assim, as qualidades que atualmente são escassas no gênero masculino. Por isto, nós os admiramos. Por outro lado, os estereótipos nos prendem a modelos que, no final das contas, nos fazem sofrer. Se perguntarmos a um homem o ideal de mulher que perseguem, a maioria dirá que são as mulheres gostosas, boas de cama, cheirosas, arrumadas e protetoras, praticamente uma mistura de mães e prostitutas. E qual de nós está sempre com vontade de ser assim? Da mesma forma, qual homem encontra-se sempre com vontade de ser como um policial?
domingo, 28 de novembro de 2010
O Dia D
Domingo, 28 de novembro, foi o dia da ocupação do Complexo do Alemão. Desde oito da manhã a TV exibiu imagens da entrada das forças das Polícias Militar, Civil e Federal e das Forças Armadas no gigantesco ajuntamento de favelas, operação que teve que ser antecipada por causa dos atos terroristas desta semana. Embora saiba que deve ser encarada somente como o início da ocupação daquele espaço pelo Poder Público, foi emocionante ver os policiais a postos e os equipamentos das Forças Armadas ultrapassando as barreiras postas pelos traficantes. Sem este aparato militar, a ocupação seria muito mais complicada. De fato, trata-se de uma guerra, agora declarada com todas as letras, um verdadeiro “Tropa de Elite 3” ao vivo, como professa uma comunidade do Orkut a que aderi. É o embate que sempre intuí que aconteceria. E deve ser lembrado como o começo de um processo de regresso à população carente destas comunidades retomadas pelo Poder Público. Deverão ser oferecidas educação, saúde, infra-estrutura básica para que estas pessoas possam viver com dignidade, a fim de se sentirem também prestigiadas pelas autoridades. Os moradores das comunidades ocupadas viviam sob um jugo tirânico imposto pelos traficantes e, agora libertas, mostram que já estavam cansadas disto. E os desafios ainda são imensos. Assim como a situação foi num crescendo até chegar ao ápice insuportável que delimitou a encruzilhada entre o domínio do Poder Público ou o dos traficantes, agora deverá haver uma série de outras ocupações a comunidades ainda subjugadas, até a libertação da última delas. Há ainda a questão das milícias, comandadas por policiais, e que também deverão ser combatidas. E o bom foi não ter havido o temido banho de sangue, ainda que alguns bandidos tenham sido presos.
As autoridades estão falando em mais paz para o Rio a partir de agora. Mas há que se lembrar que os bandidos que ainda não foram presos se refugiaram em algum lugar, e a criminalidade pode nestes locais aparecer.
As autoridades estão falando em mais paz para o Rio a partir de agora. Mas há que se lembrar que os bandidos que ainda não foram presos se refugiaram em algum lugar, e a criminalidade pode nestes locais aparecer.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Purificação
Vivemos um período que parece de transição, mesmo. Já li em anexos de Powerpoint com mensagens de médiuns que se trata de uma era de purificação, em que a confusão reina, mas que representará a expulsão dos espíritos das trevas do planeta. Por estarem convulsionados, eles promovem o caos no mundo, com violência, destruição da natureza etc. A gente lê muita besteira em emails, mas esta parece se tratar de uma versão bastante verossímil. Aqui no Rio, a violência está num patamar terrível. A onda agora é incendiar carros. Daqui a pouco, ônibus, vans e trens também serão incendiados caso não haja uma ação enérgica. Parece que as autoridades esqueceram que, em decorrência das UPPs, teriam que reforçar o policiamento em toda a cidade e na região metropolitana, pois os bandidos escapariam para lá.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
ANINHA E SUAS ASPIRAÇÕES PRAGMÁTICAS
Aninha gostaria de ser desinibida que nem a sua amiga de Copacabana, Natália. Talvez desinibida não seja a palavra certa, e sim pragmática. Sim, pois a amiga Natália demonstra uma praticidade e um racionalismo, um controle dos sentimentos que Aninha, apegada a tradições e a sentimentalismos, considera invejável, no bom sentido da palavra, como algo que deveria copiar para si própria por considerar bom.
Aninha comentou com a amiga que o único tipo de criatura masculina que costuma atrair são os homens casados em busca de um passa tempo, de uma “comida fora de casa”. Pois Natália retrucou que não tem pudores em conquistar este tipo de homem, pois se ele está procurando outra mulher é porque se encontra infeliz em seu casamento. Se a mulher o quiser manter, que batalhe para isto, pois manter um marido exige dedicação. Segundo Natália, o mundo de hoje é competitivo e tudo, inclusive os homens, é disputado, daí ela não ter pudor algum em tomar um homem de outra mulher. Aninha recebeu este comentário com admiração pela frieza da amiga, mas com reservas, pois é comum o homem arrumar uma amante mas não sair do casamento, conservando as duas, a “oficial” e a “oficiosa”, pois para o macho é cômodo viver assim. Normalmente é a mulher quem decide pela separação, e para muitas é conveniente permanecer casada, mesmo que com um marido comprovadamente galinha ou com suspeita de o ser. Em resposta, Natália afirmou que a amiga poderia então direcionar a mira para homens compromissados mas não oficialmente, ou seja, homens com namoradas ou noivos.
Aninha relatou sobre o contexto da última cantada que recebeu. Numa festa de trabalho, um colega casado, Pedro, durante uma dança, tentou beijá-la repetidas vezes, dando-lhe um trabalho enorme para se esquivar. Ela avaliou a inconveniência de beijá-lo, pois a fofoca poderia se espalhar, e os beijos não valeriam a dor de cabeça que viria depois. Aninha era uma pessoa discreta, e não gostaria de ouvir seu nome na boca dos inúmeros fofoqueiros de plantão, menos ainda no ambiente de trabalho, sua segunda casa. Surpreendentemente, Pedro não parecia estar bêbado, e somente parou de investir quando Aninha foi bem clara com ele a respeito de não beijá-lo naquela festa. Pois Natália, que já trabalhara com Pedro e, portanto, o conhecia, disse que Pedro é muito pão duro, e não dá para ser amante de um homem com este defeito, já que o homem-amante precisa ser mão aberta, doador de presentes, pagador de despesas para compensar a ausência. Aninha adorou esta praticidade.
Recém-separada, Natália disse que não pode ficar sem sexo, o que lhe faz mal. De fato, para quem sai de um casamento em que existe uma atividade sexual constante, a perspectiva de ficar sem sexo deve ser desesperadora. Arrumou, desta forma, um namorado na academia, apenas para satisfazê-la neste item fundamental. Com ele já fora para a Costa Verde num final de semana romântico. Mas o namorado é muito devagar, e Natália já pensa em substituí-lo por outro mais a contento. Para este fim, faz tratamentos estéticos e dieta, malha, enfim, se cuida para permanecer atraente; afinal, já ultrapassou a fronteira dos quarentinha, idade em ainda é jovem para arrumar alguém, mas, caso deixe de se cuidar, deixa de sê-lo rapidamente. Aninha, tambem malhadora assídua e com um corpo magro, também já adentrada nos quarenta anos, pensa nos garotões atraentes que observa na academia e na possibilidade de sair da seca sexual caso fosse mais fria e atirada a ponto de se chegar a eles. O foco deveria ser a diversão, mas quem sabe um colega de malhação mais próximo a ela em idade poderia se aproximar!
Trata-se de pensamentos, de planos de ação que Aninha cogita em implantar, mas que não sabe se conseguirá, porque implicam em uma mudança de mentalidade, em uma revisão de valores. Contudo, o tempo está passando, a solidão está pesando, e urge um plano de ação para sair desta situação.
Coragem, Aninha!!
Aninha comentou com a amiga que o único tipo de criatura masculina que costuma atrair são os homens casados em busca de um passa tempo, de uma “comida fora de casa”. Pois Natália retrucou que não tem pudores em conquistar este tipo de homem, pois se ele está procurando outra mulher é porque se encontra infeliz em seu casamento. Se a mulher o quiser manter, que batalhe para isto, pois manter um marido exige dedicação. Segundo Natália, o mundo de hoje é competitivo e tudo, inclusive os homens, é disputado, daí ela não ter pudor algum em tomar um homem de outra mulher. Aninha recebeu este comentário com admiração pela frieza da amiga, mas com reservas, pois é comum o homem arrumar uma amante mas não sair do casamento, conservando as duas, a “oficial” e a “oficiosa”, pois para o macho é cômodo viver assim. Normalmente é a mulher quem decide pela separação, e para muitas é conveniente permanecer casada, mesmo que com um marido comprovadamente galinha ou com suspeita de o ser. Em resposta, Natália afirmou que a amiga poderia então direcionar a mira para homens compromissados mas não oficialmente, ou seja, homens com namoradas ou noivos.
Aninha relatou sobre o contexto da última cantada que recebeu. Numa festa de trabalho, um colega casado, Pedro, durante uma dança, tentou beijá-la repetidas vezes, dando-lhe um trabalho enorme para se esquivar. Ela avaliou a inconveniência de beijá-lo, pois a fofoca poderia se espalhar, e os beijos não valeriam a dor de cabeça que viria depois. Aninha era uma pessoa discreta, e não gostaria de ouvir seu nome na boca dos inúmeros fofoqueiros de plantão, menos ainda no ambiente de trabalho, sua segunda casa. Surpreendentemente, Pedro não parecia estar bêbado, e somente parou de investir quando Aninha foi bem clara com ele a respeito de não beijá-lo naquela festa. Pois Natália, que já trabalhara com Pedro e, portanto, o conhecia, disse que Pedro é muito pão duro, e não dá para ser amante de um homem com este defeito, já que o homem-amante precisa ser mão aberta, doador de presentes, pagador de despesas para compensar a ausência. Aninha adorou esta praticidade.
Recém-separada, Natália disse que não pode ficar sem sexo, o que lhe faz mal. De fato, para quem sai de um casamento em que existe uma atividade sexual constante, a perspectiva de ficar sem sexo deve ser desesperadora. Arrumou, desta forma, um namorado na academia, apenas para satisfazê-la neste item fundamental. Com ele já fora para a Costa Verde num final de semana romântico. Mas o namorado é muito devagar, e Natália já pensa em substituí-lo por outro mais a contento. Para este fim, faz tratamentos estéticos e dieta, malha, enfim, se cuida para permanecer atraente; afinal, já ultrapassou a fronteira dos quarentinha, idade em ainda é jovem para arrumar alguém, mas, caso deixe de se cuidar, deixa de sê-lo rapidamente. Aninha, tambem malhadora assídua e com um corpo magro, também já adentrada nos quarenta anos, pensa nos garotões atraentes que observa na academia e na possibilidade de sair da seca sexual caso fosse mais fria e atirada a ponto de se chegar a eles. O foco deveria ser a diversão, mas quem sabe um colega de malhação mais próximo a ela em idade poderia se aproximar!
Trata-se de pensamentos, de planos de ação que Aninha cogita em implantar, mas que não sabe se conseguirá, porque implicam em uma mudança de mentalidade, em uma revisão de valores. Contudo, o tempo está passando, a solidão está pesando, e urge um plano de ação para sair desta situação.
Coragem, Aninha!!
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