Hoje foi dia de conhecer a feijoada da Portela. Há muitos anos não ia à Madureira, e achei interessante como, embora há anos não fosse àquele bairro, ele me pareceu familiar e não tive dificuldades em acessá-lo. Como durante um bom tempo frequentei Madureira, a memória deste lugar continua presente. O mesmo acontece com relação a Marechal Hermes. E o mesmo não ocorre com a região da Leopoldina, que nunca frequentei, e à qual não sei chegar. Na rua Carvalho de Souza, observei o movimento frenético de pessoas pelas ruas repletas de lojas. Madureira continua movimentadíssima e bastante cheia. Sem dúvida trata-se do maior pólo de comércio depois do Saara. E, felizmente, o shopping, onde estacionei, não esvaziou o comércio de rua. O shopping dali está mais apertado do que nunca, pois encontra-se em obras. Somente possui uma saída, o que o torna perigoso na hipótese de um incêndio, por exemplo. E é um lugar bem cheio, também.
A feijoada é realizada na quadra da Portela, sita à rua Clara Nunes, onde meu pai e sua família moraram durante anos. O valor da entrada é de apenas cinco reais. A feijoada custa dez reais. O prato é feito pela famosa tia Surica, e é bem gostosa. Mas é um prato de difícil digestão, e fiquei sem fome durante todo o tempo depois. O bom é que depois a gente samba, fica em pé, anda e desgasta. Ter amigos dirigentes da escola é bom, pois temos mesa onde sentar. O ambiente do samba não é um lugar que eu frequente muito, e o achei bem bacana. Havia bastante gente, porém, não há confusão. As pessoas comem, bebem e fumam bastante, mas ninguém faz vergonha por estar embriagado. Os seguranças se fazem presentes por toda a quadra. Vem gente de outros estados e alguns com jeito de estrangeiros. E a música é de um nível muito bom. São diversas apresentações de artistas em torno de um tema. O deste mês foi uma homenagem ao Zé Kéti. Apresentaram-se o Zé Renato, o Monarco, a Velha Guarda da Grande Rio, Noca da Portela, Elton Medeiros, Tia Surica, Dorina e muitos outros artistas não identificados, pois a qualidade do som que saía do microfone estava ruim. Alguns eram jovens sambistas, outros eram compositores consagrados que também se aventuram nos microfones. Levei minha maquininha fotográfica Sony e tirei bastante fotos. Ia lá para a frente, bem perto do palco, a cada atração que julgava interessante. Gostei de uma cantora gaúcha que tinha jeitão de maranhense e parecia uma Alcione. Ainda encontramos um filho de uma antiga colega de trabalho de meus pais que não víamos há muito tempo. E uma senhora que vai todos os meses e conheceu meus pais da última vez veio falar com a gente. Ela é gente boa, e estava com a irmã e um sobrinho jornalista do qual tem um orgulho danado. Trata-se de um lugar bom para fazer amizades. Não vi paqueras rolando por ali. O evento acabou por volta de oito e meia da noite, e Madureira continuava repleta de gente. No mês que vem estaremos lá de novo!
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