sábado, 28 de agosto de 2010

PAQUERA DE RUA

Ocorreu para Ana uma paquera no caminho a pé para a um barzinho onde ela encontraria amigos no Centro. O sujeito tinha um ar de advogado que já havia bebido um pouco e daí estar desinibido para paquerar na rua. Era coroa e nem um pouco atraente fisicamente. Ana não deu bola; apenas parou fingindo estar olhando para a rua, e percebeu que ele também havia parado e talvez estivesse esperando uma reação dela para iniciar uma aproximação. Só que Ana se virou e seguiu seu caminho. Na dúvida, ela sempre procede desta maneira. Mas fica sempre com a sensação de estar sendo rigorosa demais ou de estar vedando a aproximação das pessoas atuando desta maneira. Afinal, ela não confia em seu taco em questões de paquera, namoro, relacionamento em geral, e sempre questiona muito o seu desempenho nesta área. O fato é que Ana age por instinto, o que acha um critério de ação razoável. Estes homens que paqueram na rua transmitem a impressão de que desejam algo fugaz, apenas uma aventura, e não é o que ela almeja. Se for para rolar alguma coisa, que seja séria! Ana somente não descarta uma aventura se o cara despertar algum instinto muito marcante ou caso seja bonito, gostoso, atraente, o que não era o caso do sujeito que a paquerou hoje. Na hipótese de se tratar de um homem em quem ela já estivesse de olho e que achasse atraente, aí não perderia a oportunidade.

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