segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Balneário Camboriú

A seguir, impressões sobre Balneário Camboriú, local onde passei o último Carnaval. Trata-se de um lugar onde os imóveis são muito caros, na faixa dos milhões de reais, inclusive para aluguel em áreas nobres. A especulação imobiliária por lá é muito grande. Há arranha-céus em plena orla, sem limite de andares. A parte da estrada colada ao mar forma o Balneário Camboriú. A parte de lá da estrada, mais rural, é a cidade de Camboriú. Por muito tempo formavam um só município. O catarinense não gosta de ser confundido com gaúcho. Um acusa o outro de maltratar os turistas, por exemplo. Há rivalidade entre os sulistas e quem não é daqui tende a tratar todos como se fossem de um lugar só. É o que acontece entre niteroienses e são gonçalenses, por exemplo. Não há Carnaval em Balneário Camboriú, mas apenas uma ou outra manifestação, como o bloco Inimigos da Segunda. Em Blumenau há ruas com fios subterrâneos, sem o emaranhado característico de cidades como o Rio. Este estilo está em estágio experimental, mas é bem agradável. Casas no estilo enxaimel são características da arquitetura alemã e de Blumenau. Tratam-se de casas com as partes superiores, mais pontudas, pré montadas. O Parque Vila Germânica, onde acontece a Oktoberfest, é muito bonitinho. Havia loja com roupa típica alemã para os turistas tirarem fotos. Blumenau é uma gracinha de cidade. Deixou em mim uma vontade de voltar. Quem sabe numa Oktoberfest? Algo interessante aconteceu no restaurante Casa de Fritz, de comida fraca: ganhei rosas com bilhetes, vindas de uma mesa vizinha com quatro homens. Não sabemos exatamente quem mandou as flores, compradas de uma florista ambulante que ficou conversando com eles. Depois chegou uma mulher, aparentemente namorada de um deles, um moreno com jeitão de galanteador. Mesmo que tenha sido brincadeira foi legal. No Rio nunca fui tratada desta forma. Sinto-me ignorada pelos homens. Cariocas, aprendam a tratar bem uma mulher! A sensação de estar num balneário portenho é imensa. Balneário Camboriú, assim, como boa parte do litoral de Santa Catarina, é invadida por argentinos, uruguaios, chilenos e paraguaios. Os primeiros são em maior número. Alguns alegam nunca ter tido problemas com eles. Outros dizem apenas tolerá-los, pois, afinal, movimentam a economia local. Mas são sujos e bagunceiros, de acordo com alguns brasileiros. Devem achar que o Brasil é a terra da bagunça, por isto capricham na zona por ali. Eles andam em bandos, o que é natural, pois convivem com quem se identificam. As pessoas de Balneário Camboriú fumam em demasia, não importam a idade, o sexo, a nacionalidade. Estão na contramão da civilização, que está abandonando o cigarro. Que bom que pelo menos não fumam em locais fechados. Avenida Brasil é a rua do comércio de Balneário Camboriú, diferentemente da feiúra da Avenida Brasil da “matriz” carioca. Bombinhas é uma espécie de Búzios de Santa Catarina. A origem do nome da praia está no fato de haver quartzo misturado à areia fofa e que estala enquanto caminhamos por ela.

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