domingo, 29 de janeiro de 2012

Tragédias de Janeiro

O mês de janeiro já está indo embora, e se despede com as tragédias que já se tornaram costumeiras há alguns janeiros. Nada tem a ver com o Ano do Dragão no horoscopo chinês, iniciado na última segunda-feira e que foi anunciado como de um ano de acidentes. O fato é que em todo janeiro há tragédias, como o terremoto do Haiti, os desabamentos na Costa Verde e a tragédia na Região Serrana. Em 2012 houve o incrível naufrágio do navio Costa Concordia e também o desabamento de três prédios em pleno centro da cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Treze de Maio por onde tantas vezes já transitei. Observar as cenas na TV e mesmo o pouco que deu para ver ao vivo passou uma péssima impressão de descaso, de irresponsabilidade vinda de alguns e que provocou a morte de pessoas e a perda de referência de vida de muitas outras que, se não morreram, perderam a sua vida profissional que ficou sob os escombros. O cenário é de um bombardeio, ou do desmoronamento das Torres Gêmeas. É uma tragédia que poderia ter acontecido em qualquer cidade do mundo, e daí não se aplicarem os argumentos que relacionam o ocorrido com o despreparo da cidade para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nada tem a ver uma coisa com a outra! Desabamentos podem acontecer em qualquer lugar. Estes argumentos são gerados por pura inveja e vêm de um Primeiro Mundo que ainda se acha muito melhor, mas que se encontra em crise e não está aceitando ver a hegemonia de séculos baqueada. O que determina a maior ou menor possibilidade de ocorrência de tais acontecimentos é uma maior responsabilidade das pessoas. E talvez no Brasil não haja um comprometimento adequado da sociedade com esta conduta correta. Como se pode aceitar uma obra cuja planta foi feita por uma pessoa que é formada em Administração? Isto seria plausível somente se se tratasse de uma impostora com falso diploma de Engenharia. Ainda assim é prudente consultar a inscrição no Conselho Regional da profissão. O fato é que ainda há corpos desaparecidos, e tudo indica que eles se misturaram com o entulho. A busca agora será manual e bem mais demorada. É inimaginável o valor que os bombeiros têm, pois precisam lidar com estas situações e ver corpos que se encontram terrivelmente decompostos. Amanhã, segunda-feira, há a expectativa de um retorno à normalidade no trecho da Avenida Treze de Maio abatido pela catástrofe. Mas é uma normalidade forjada, pois a cicatriz do ocorrido ainda dói muito. E deve servir de lição no sentido de que haja um cuidado maior com obras feitas de qualquer jeito nos prédios. É uma coisa séria!! E para completar a maré de catástrofes, mais uma que felizmente ficou no "quase": a queda dos atores Thiago Fragoso e Danielle Winits de uma altura de cinco metros durante o espetáculo "Xanadu".

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