E lá se foi o Paul Walker, vítima de um acidente automobilístico de grande monta na Califórnia, Estados Unidos. Ele estava a bordo de um Porsche pilotado por um amigo. O carro bateu num poste e pegou fogo. Ambos morreram no mesmo Estado e num carro da mesma empresa daquele que James Dean conduzia, há anos, e que também o levou a morte. Paul Walker morreu veloz e furiosamente, mas não dirigia o veículo. Morreu jovem, aos quarenta anos, e lindo. Para ficar sempre lindo assim, só morrendo jovem, mesmo. É curioso o fascínio do ser humano por correr riscos como o de dirigir em altíssima velocidade, pondo sua vida e a de outras pessoas em risco. A indústria automobilística, por sua vez, alimenta este ímpeto humano fabricando carros com capacidade de motor para atingir velocidades altíssimas, sem considerar que a maioria das pessoas jamais poderá chegar a estas velocidades, nem nas estradas e muito menos nas metrópoles e seus arredores. Considero totalmente desnecessárias a produção e a venda de qualquer carro com limite de velocidade acima de 120/130km para uso cotidiano. Carros com velocidade superior somente deveriam ser acessíveis aos profissionais da velocidade, como os pilotos. Esta semana que terminou foi marcada por mais de um acidente envolvendo pessoas que corriam muito com seus veículos aqui no Brasil. Nem precisa ser mencionado que foram acidentes fatais para os motoristas, devido às velocidades altíssimas empregadas na condução dos veículos. O livre arbítrio das pessoas deveria afastá-las de condutas arriscadas como estas, mas, infelizmente, sempre haverá quem vai correr muito ao volante em carros de altíssima potência, e que irão se acidentar e morrer.