segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Reflexões sobre o Natal e o Ano Novo

O Natal está chegando, e com ele vem os sentimentos que esta data provoca em todos nós. É difícil ficar indiferente às festas do final do ano: ora as pessoas amam, ora odeiam, e o sentimento que elas apresentam dependem da situação familiar, normalmente delineada desde a infância. Em quem vem de famílias integradas, aquelas cujos integrantes compartilham um genuíno sentimento de fraternidade e trabalham pelo prazer de estar juntos, o Natal é uma data adorada, pois é o momento de repetir as reuniões normalmente gozosas. Já para quem vem de famílias sem integração, ou daquelas onde imperam a hipocrisia e a falsidade, esta época do ano é odiada, pois mais uma vez chega o momento de repetir a “peça de teatro” com trama ruim. Ou então é um momento de solidão ou de lembranças ruins. As pessoas que estão nesta situação de encarar o Natal como uma época desfavorável devem pensar no Natal como a celebração do aniversário de Jesus Cristo. Quanto ao Ano Novo, é curioso como as pessoas depositam em uma simples mudança de calendário todas as expectativas de que as coisas mudarão para melhor, e coisa e tal, como se uma mágica se operasse nesta ocasião. Na verdade, o ano muda e tudo continua a mesma coisa. No caso da virada de 2014 para 2015, a expectativa é a de que 2015 será um ano ainda mais difícil. As pessoas que ficam neste frisson de virada de ano desta vez não deveriam ter tanta pressa para que ela acontecesse, pois. Os votos neste réveillon deveriam se reduzir ao desejo de ter saúde para aguentar o que vier, pois este é um bem realmente precioso.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Laís Souza

Ontem, deu tempo de ver pela TV a matéria exibida no programa do Luciano Huck sobre o retorno da Laís Souza do Brasiil e a sua situação atual. Seu aniversário foi comemorado hoje no programa, mas deu para perceber a cara de tristeza da ex-atleta e dos convidados, seus ex-colegas de ginástica oliímpica. A única mais animadinha era a Daiane dos Santos. Realmente, é triste. Devia ser a primeira vez que eles estavam vendo a ex-colega depois do acidente que a deixou paralisada do pescoço para baixo, aos 25 anos. A fala da Laís, frisando que a única vantagem de sua condição era a de poder tatuar o corpo todo, caso desejasse, pois não sentiria dor nenhuma, também foi muito comovente (ela mostrou duas tatuagens que fez recentemente, numa das pernas e num dos braços). Ela sobrevive com uma pensão do COB, que custeou o seu tratamento nos EUA, e pede doações em um site. Luciano Huck, que tem muito dinheiro e poderia doar bastante, ficou de dar um carro adaptado para ela, que provavelmente continuará o tratamento na rede Sarah Kubitschek. Mas aqui no Brasil é tudo muito mais complicado. E, mesmo em países mais adiantados, como os EUA, a evolução no tratamento dos tetraplégicos também é muito lenta. Laís disse que sente um pouco as mãos, a barriga e os pés, depois de quase um ano de tratamento. 
Espero que tenham aprendido a lição e percebido que não dá para migrar adequadamente uma atleta de uma modalidade para outra sem tradição no Brasil, e de modo rápido. Deu no que deu. Creio em que deveria haver uma sondagem, desde a mais tenra idade, a respeito de atletas brasileiros que se interessassem por esportes de inverno, a fim de começar a investir pesado neles, inclusive levando-os para morar nos países de frio e para treinar pesado lá por bastante tempo antes de que fossem inscritos em olimpíadas de inverno.