domingo, 26 de outubro de 2014

E acabaram as eleições, enfim!

Felizmente acabou este processo eleitoral. Já estavam muito chatos a baixaria e o clima beligerante predominantes. Mas as seções eleitorais estavam tranquilas quando fui votar, num clima bem diferente daquele do primeiro turno. Estou tranquila com a minha consciência, pois sei que não dá para confiar nos políticos brasileiros, mais preocupados em se dar bem e em cuidar dos seus próprios interesses e daqueles de seus apaniguados do que em cuidar do país. Votei nos candidatos que considerava os menos insuportáveis, não naqueles que considerava melhores. Entre anular o voto e votar em alguém que pudesse barrar o insuportável, escolhi a segunda opção. Votei no Pezão, por achar muito perigosa a mistura entre política e religião que o Crivella representava, ainda mais com uma religião cheia de gente metida em escândalos e ávida por riquezas materiais. E votei no Aécio por já estar cansada do PT e de toda a corrupção e os desmandos e o "baixo nível" generalizado que ele trouxe. Mas a maior parte do eleitorado, por uma pequena margem, é verdade, votou na Dilma, e ela foi reeleita. Isto comprova que a maior parte do Brasil quer ser tutelada, amparada por programas sociais, e nem está aí para inflação, corrupção e economia estagnada. O país tem muito o que amadurecer ainda até que as pessoas saibam gerir a vida por elas próprias, e não tuteladas por governos assistencialistas. Os políticos são geralmente cheios de si, com a arrogância no máximo. Mas, se Dilma conseguir enxergar um pouco além deste patamar, compreenderá que boa parte do eleitorado não endossa o seu governo, e que, por isto, seria prudente que ela mudasse os rumos no segundo mandato. Nem sei mais o que dizer. Espero que Deus nos proteja, se ele tiver um tempinho para olhar pelo Brasil.

domingo, 19 de outubro de 2014

Esquisitices de Las Vegas

Em setembro, estive em Las Vegas, USA, e, além de ter me divertido nos hotéis temáticos e na observação de cassinos, que existem em todos os lugares, inclusive já no aeroporto, observei certas tipicidades da cidade. A presença marcante de muitos orientais (japoneses, chineses, filipinos, tailandeses e etc), apesar de saber que eles ganharam o mundo. As garotas pareciam ser prostitutas, em seu estilo periguete total, e eram bem bonitas. Quanto aos homens, tinham aquela afoiteza típica, que assusta a quem acha que os japoneses, por exemplo, são corretos por todo o tempo. Podem sê-lo em seu país natal, onde tudo é controlado, mas, fora dali, alopram. Os mendigos usavam cartazes onde punham os seus pedidos. Já causa espécie a presença deles numa cidade como Las Vegas, onde a opulência parece reinar. Mas este fato deve ser o reflexo do empobrecimento causado pela crise econômica generalizada. Alguns alegavam estar sem casa. Mas outros, descaradamente, pediam bebida mesmo, não se preocupando em ocultar a sua condição de alcóolatras. Percebi que o periguetismo não é um fenômeno tipicamente brasileiro. Como o latino tem fama de ser caliente e sexualmente desperto sempre, achava que era só por aqui que as garotas circulavam com os vestidos decotados, colados aos corpos e no estilo "acabou a bunda, acabou a saia", e sapatos de saltos altíssimos. Esta moda se encontra globalizada, assim como o desconforto de algumas com os sapatos no estilo Loubotin e Jimmy Choo; estas menos preparadas andavam descalças, carregando os sapatos nas mãos. Outro fenômeno presente em Las Vegas foi a presença de gente muito tatuada. Como estava calor por lá, havia muita gente com pele a mostra, e, consequentemente, exibindo enormes tatoos. Um casal na piscina do hotel estava totalmente tatuado a partir do pescoço até os pés, e com tatuagens que exigiram muita tinta. Não sei se os muito tatuados do Brasil copiam os de Las Vegas, ou se o movimento é em sentido contrário. Por fim, me impressionei com os cabelos lindos das mulheres brancas, mestiças e negras. Pareciam apliques, de tão sedosos, brilhantes e com aparência de bem tratados. As pontas frequentemente são impecavelmente viradas, trabalhadas numa espécie de baby liss com efeito permanente, e com um efeito mais natural do que o liso forçado da escova tradicional.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Eleições

Impressiona como no Brasil o voto está acima de tudo. Só não é levada em conta a educação, para que o eleitor compreenda o processo eleitoral e vote conscientemente. Além da coação que representa o voto obrigatório, há o absurdo que uma lei da época da ditadura militar impõe. Ao determinar que ninguém pode ser preso em até cinco dias antes e em até dois dias depois do pleito, salvo em flagrante delito, esta lei abre uma janela de uma semana de liberdade para a bandidagem em geral. A sociedade e a criminalidade atuais são diferentes daquelas dos amos 60. Os bandidos sabem aproveitar com perfeição este período de liberdade de atuação. 
Tudo aqui é direcionado para as eleições. Os meios de comunicação enfatizam as penalidades para quem não vota ou justifica a ausência, e não esclarecem o que representa o voto nulo e em branco, conduta que favorece o sistema. Tudo isto tensiona o processo, e o faz ficar violento e coercitivo. É a máxima violência do Estado contra a população para que se perpetue tudo o que está aí, com as mesmas figuras e seus continuadores tirando proveito próprio das riquezas do Brasil e mantendo a população na ignorância e nas habituais privações. Ê triste e revoltante.