sexta-feira, 29 de março de 2013

Amor

Hoje, sexta-feira da Paixão, vi um filme que se coadunava com o espirito da data: "Amor", película premiada que propõe uma reflexão sobre os percalços do fim da vida. É comovente sem ser triste, piegas nem sentimental, e este é um dos trunfos do filme. Mostra como o amor incondicional e duradouro de um casal de idosos que vive isolado, sem amigos e com uma relação formal com a filha que mora em outro país, é posto à prova depois que a mulher tem um AVC, passa por uma cirurgia mal sucedida e tem outro AVC, passando a definhar progressivamente até perder a capacidade de movimentar-se, de falar, de interagir com o mundot. O filme discute um tema delicado, difícil e pouco presente no cinema, que é o enfrentamento da velhice, e ainda permite um debate sobre a eutanásia. É válido aceitar a vontade de uma pessoa de escolher o momento de morrer quando a vida se torna insuportável porque a mente está ativa, mas o corpo está decrépito, e que não quer sobreviver a qualquer custo, como fez, por exemplo, o Walmor Chagas, que se suicidou recentemente? É viável matar um ente querido que se encontra numa situação de decadência física e/ou mental inexorável, como fez o marido do filme Amor? Considero tudo isto válido, mas a tenho como complicada a legalização da eutanásia devido à maldade humana. Muitas pessoas poderiam ser mortas sem que estivessem em condições para tal, apenas para fins de tráfico de órgãos ou para outros fins como esvaziamento de leitos. A médica de Curitiba que matava os pacientes na UTI é um exemplo disto. E é mais difícil praticar a eutanásia do que o aborto, pois os hospitais são vigiados, há enfermeiros, médicos.

domingo, 24 de março de 2013

Amada Amante

À noite, vi o filme Amada Amante, marco da chamada era da pornochanchada do cinema pátrio. É um filme de Cláudio Cunha, diretor que ficou famoso pelo teor dos seus filmes, picantes demais para a época, e pelo fato de cantar as atrizes com quem trabalhava. Curioso reparar que o filme, embora ainda não seja inocente para os tempos contemporâneos, perdeu muito da aura de proibido da época. Situações ali mostradas são hoje corriqueiras. Foi muito legal recordar cenas de um Rio da década de 70. O filme, que é de 1978, exibe cenas de um Centro da cidade do Rio às voltas com a construção do metrô e uma orla de Ipanema com um calçadão central que não existe mais. As tangas baixinhas da época, com o início da racha do bumbum à mostra, eram ousadia pura. Foi bom rever atores já falecidos, como Sandra Bréa, minha ídola de infância, assim como os ainda vivos Rogério Fróes e Neuza Amaral. Uma Simone Carvalho no viço absoluto da juventude e um Luiz Gustavo ainda jovem, com ar de safado, também se fizeram presentes. Fora o Carlos Imperial bem gordo e num papel de safado que lhe era usual. E o filme me surpreendeu positivamente no tocante ao enredo. Eu esperava algo inocente, banal, bobo, mas o filme traz à tona questões interessantes como o choque cultural entre as pessoas que vêm do interior, mais inocentes e com uma moral bem puritana, e a cidade grande liberada. O Rio, em especial Ipanema, aparece como o estereótipo do lugar que é totalmente liberado. Aliás, tudo é bem estereotipado no filme. A questão da opressão da mulher também é intensa na história, que mostra bem a dicotomia entre a mulher dona de casa, envolta nas atividades domésticas e dessexualizada, e a mulher “da rua”, encarnada pela secretária do patrão, com quem ele passa a ter um caso fundado somente no sexo. A hipocrisia masculina de oprimir a mulher e o restante da família, composta por duas filhas e um filho, especialmente as duas filhas, enquanto, fora de casa, mantém um comportamento totalmente oposto, é mostrada. A partir do momento em que o patriarca é desmascarado em seu caso extraconjugal, a família tal qual era alicerçada desmorona, e todos passam a exercer uma sexualidade mais liberada. Esta é ainda uma questão atual numa era em que convivemos com liberalismo e também com opressão, ou com as confusões decorrentes do choque entre ambas as posturas.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Reação às tragédias naturais

O programa CQC, em sua reestréia, o primeiro exibido em 2013, mostrou como, dois anos depois das tragédias, estão o Japão e a Região Serrana do Rio. Tragédias como o tsunami que devastou o Japão não acontecem no Brasil porque, caso acontecessem aqui, o país acabaria, e viraria uma crônica terra devastada! Vide o que está ocorrendo neste momento em Petrópolis, que já contabiliza dezesseis mortos em decorrência das chuvas mais recentes. É triste demais!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Início de março triste

O mês de março começou estranho, com muitos acontecimentos ruins: a morte do desembargador Areosa e a mulher, a morte do cantor Chorão, a chuvarada de ontem no Rio, que acarretou em quatro mortes, e o falecimento do Hugo Chavez, de todos o acontecimento mais previsível.A morte do Chorão foi lamentável. A partir de tudo o que foi divulgado, presume-se que ele precisava de ajuda, pois estava muito mal psicologicamente. Foi uma pena! Que ele descanse em paz!

segunda-feira, 4 de março de 2013

A morte do desembargador Areosa

Uma tragédia a morte do desembargador Ricardo Damião Areosa, e de sua mulher, Cristiane, num incêndio no apartamento onde moravam, no Leblon, no final da noite de ontem, 03 de março. O desespero fez com que pulassem do imóvel em chamas, morrendo em decorência dos ferimentos. Foi cruel acordar na manhã de segunda-feira com esta notícia. Que final de vida trágico para ambos!

Estatísticas alarmantes

Preocupantes estatísticas colhidas dos meios de comunicação neste final de semana: Segundo uma juíza, o Brasil é o país número um do mundo em homicídios, considerados os números absolutos. De acordo com a ONU, sete em cada dez mulheres serão estupradas ou mortas em um futuro próximo, numa onda de violência contra a mulher sem precedentes. O órgão já se prepara para sugerir uma campanha contra esta violência. Parece um final de mundo.

domingo, 3 de março de 2013

A sujeira no Rio de Janeiro

Esta semana, o Rio de Janeiro ganhou o triste título de uma das cidades turísticas mais sujas do planeta. Dependendo de onde moramos, basta irmos à janela para vermos a sujeira reinante. De fato, o Rio de Janeiro é muito sujo, mesmo. Ao sairmos da cidade percebemos a gravidade da situação e, após voltarmos, passamos a prestar atenção no quanto a população é porca, mesmo. Os maus hábitos dos cariocas são evidentes, e não há Comlurb nem autoridade que possa evitar a manutenção da sujeira, caso o povo não colabore junto.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Feliz aniversário, Rio!

Dia do aniversário da cidade. Dia feio, escuro e de chuva miúda a partir da tarde. O Rio merecia um dia de sol, céu azul e sem greve de ônibus no dia do seu natalício. Mas, enfim, uma data com as características contrárias foi o que conseguimos obter neste ano ímpar. E nada disto nos impede de desejar um feliz aniversário a esta cidade tão maravilhosa, caótica, com um povo porco que a suja demais, com trânsito cada vez pior, bicletas e motos nas calçadas, com mendigos a rodo, dentre outras mazelas. Mazelas estas que não nos impedem de amar esta cidade e reconhecer a sua beleza natural única e a solicitude de seu povo como uma característica positiva. Parabéns, Rio!