domingo, 30 de outubro de 2011

Reflexões sobre frustrações

Rebeca leu hoje no Facebook uma declaração de uma amiga de que os filhos nos tornam imortais. Ela concorda e acha lindo pensar assim, mas, quando olha para a pouca descendência das últimas gerações de sua família, percebe que talvez a tendência desta seja a de morrer, e pode ser uma tendência cósmica, algo que esteja além da compreensão de Rebeca. Ela, por exemplo, conclui que colaborou para o desaparecimento de sua família, pois não teve descendência. Ela considera poder usar o verbo no passado com segurança, pois, pela idade e pela ainda absoluta falta de parceiro, sabe que remotamente reunirá condições de um dia engravidar. No maximo poderá adotar, mas nao será uma criança sangue do seu sangue. Rebeca também nunca sentiu o ímpeto uterino de engravidar de qualquer jeito, de ser mãe solteira, de fazer inseminação artificial de pai desconhecido, como algumas mulheres sentem e fazem por aí. Talvez só sentiria o ímpeto de engravidar caso tivesse conhecido uma pessoa legal, e esta pessoa não pintou em sua vida. Ela crê ser o ideal caçar esta pessoa na juventude, tipo até os trinta anos, pois é a fase em que nos apaixonamos mais facilmente e engolimos mais sapos, aturando muita coisa da pessoa amada que, após os quarenta, não mais suportamos. Atualmente, considera remotas as chances de pintar tal pessoa especial a esta altura da vida.

Fisiologias

Ana observa sua unha do anular esquerdo prestes a cair e sente um cheiro de coisa putrefata que a enoja. A questão é que sentimos nojo de tudo o que o nosso corpo produz (suor, fezes, urina, sangue), o que é um condicionamento cultural horroroso. Afinal, deveríamos nos orgulhar de tudo o que produzimos, seja no campo fisiológico, seja no campo cultural. Ou, pelo menos, deveríamos encarar numa boa as nossas manifestações fisiológicas, ainda que não nos orgulhássemos delas. Ainda mais porque não podemos lutar contra elas, já que são algo inevitável no dia a dia. Ainda que desejasse arrancar logo a unha avariada, Ana sabe que é preciso respeitar o ritmo do organismo, que é lento num mundo acelerado como este em que vivemos.

Leblon

O Leblon é o Leblon mesmo, um bairro diferenciado, de uma determinada casta. Há muita gente bonita perambulando e também gente diferenciada que lembra vagamente a heterogeneidade de pessoas que vi em Londres, mas que aqui na terra da padronização já consegue se destacar, ainda que pareça comportada para os padrões londrinos. É comum ver artistas e shoppings como o Rio Design Leblon são perfumados.

Ah, Brasil!!

Um dos problemas do Brasil é a total ausência de senso coletivo e de bom senso no que concerne aos direitos alheios. Esta semana, peguei um ônibus em que havia um “cantor” executando, literalmente, algumas músicas em troca de algum dinheiro que pediu dos passageiros ao final da “apresentação”. Mesmo estando com fones de ouvido e iPod sintonizado em uma emissora de rádio, senti-me incomodada pelo sujeito. É uma autêntica falta de respeito, ainda mais com aqueles que desejam um pouco de silêncio na já conturbada e engarrafada viagem rumo ao trabalho ou a compromissos. Aproveitei o Twitter e mandei via celular uma reclamação a respeito da poluição sonora no ônibus para a emissora que estava ouvindo. Caso a moda pegue, ninguém terá mais sossego!
É engraçado como as pessoas em geral "aprontam" na faixa até os trinta anos e depois viram bichos do mato. Não sou assim, felizmente, pois ainda gosto de "aprontar", mesmo já tendo passado desta faixa etária. Não curto vida noturna, é verdade, pois poucos eventos me empolgam a ponto de me fazerem abrir mão do meu sono. Gosto muito de dormir, mas também de curtir o dia, de rua, de sol, de sair, de ver gente e de ser vista também.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mulheres européias

O Tom Leão, no Twitter, explicou direitinho a diferença entre as mulheres européias e as brasileiras. As européias se vestem diferenciadamente, cada uma com seu estilo peculiar, e não são importunadas, ao passo que aqui no Brasil vigora a padronização bem no estilo norte-americano. Observei isto em Londres.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Adeus, Steve!

Só mesmo a morte do Steve Jobs para me fazer voltar a escrever no blog, mesmo depois de ferias empolgantes em que fui a Londres e ao Rock in Rio. É que esta sensação de mediocridade reinante sempre que morre um gênio incomoda muito!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Adeus, Steve!

Neste dia mundial das aves, Steve Jobs partiu depois de uma longa luta contra um câncer terrível de pâncreas e de fígado. Por quê será que a cada gênio que morre fico com a impressão de que a vida não é longeva para eles e sim para os medíocres? Oscar Niemayer é uma honrosa exceção a esta regra.