domingo, 31 de outubro de 2010

Dia de Eleições

Dia de eleições é um diazinho chato. Não fiz nada de marcante hoje. Não gosto de fazer nada no dia da eleição, pois é chato sair, o trânsito fica ruim, cheio de gente que dirige mal. E saí de casa apenas para dar uma voltinha forçada e marcar “zero zero” na urna de votação. Não tive vontade de votar em nenhum dos candidatos. Até pensei em votar na Dilma (no Serra, jamais), mas optei pelo “zero” devido à campanha eleitoral medíocre deles. Caso o voto não fosse obrigatório, nem teria ido até a Seção votar. Voto no Brasil é uma obrigação, e não um direito a ser celebrado. Dói votar cheia de confiança e se sentir enganada por políticos que fazem o oposto do que prometeram, ou se omitem em questões importantes. Pior ainda é a corrupção e os impostos abusivos, que são pagos em troca de muito pouco, deixando a população sem acesso a serviços públicos mínimos. O segredo é votar racionalmente, sem ilusões, apenas pensando no melhor, primeiramente para nós e depois para a população em geral. Venceu a Dilma, como já era esperadíssimo. Gostei, pois ela será melhor para a minha categoria profissional. Na pior das hipóteses, continuará tudo como está, e não está ruim. E não dá para deixar de frisar que é a primeira mulher eleita presidente no Brasil. Espero que Dilma não seja dramática como as mulheres presidentes argentinas. Talvez não, pois Dilma parece ser fria para isto.

domingo, 10 de outubro de 2010

Feijoada da Portela

Hoje foi dia de conhecer a feijoada da Portela. Há muitos anos não ia à Madureira, e achei interessante como, embora há anos não fosse àquele bairro, ele me pareceu familiar e não tive dificuldades em acessá-lo. Como durante um bom tempo frequentei Madureira, a memória deste lugar continua presente. O mesmo acontece com relação a Marechal Hermes. E o mesmo não ocorre com a região da Leopoldina, que nunca frequentei, e à qual não sei chegar. Na rua Carvalho de Souza, observei o movimento frenético de pessoas pelas ruas repletas de lojas. Madureira continua movimentadíssima e bastante cheia. Sem dúvida trata-se do maior pólo de comércio depois do Saara. E, felizmente, o shopping, onde estacionei, não esvaziou o comércio de rua. O shopping dali está mais apertado do que nunca, pois encontra-se em obras. Somente possui uma saída, o que o torna perigoso na hipótese de um incêndio, por exemplo. E é um lugar bem cheio, também.
A feijoada é realizada na quadra da Portela, sita à rua Clara Nunes, onde meu pai e sua família moraram durante anos. O valor da entrada é de apenas cinco reais. A feijoada custa dez reais. O prato é feito pela famosa tia Surica, e é bem gostosa. Mas é um prato de difícil digestão, e fiquei sem fome durante todo o tempo depois. O bom é que depois a gente samba, fica em pé, anda e desgasta. Ter amigos dirigentes da escola é bom, pois temos mesa onde sentar. O ambiente do samba não é um lugar que eu frequente muito, e o achei bem bacana. Havia bastante gente, porém, não há confusão. As pessoas comem, bebem e fumam bastante, mas ninguém faz vergonha por estar embriagado. Os seguranças se fazem presentes por toda a quadra. Vem gente de outros estados e alguns com jeito de estrangeiros. E a música é de um nível muito bom. São diversas apresentações de artistas em torno de um tema. O deste mês foi uma homenagem ao Zé Kéti. Apresentaram-se o Zé Renato, o Monarco, a Velha Guarda da Grande Rio, Noca da Portela, Elton Medeiros, Tia Surica, Dorina e muitos outros artistas não identificados, pois a qualidade do som que saía do microfone estava ruim. Alguns eram jovens sambistas, outros eram compositores consagrados que também se aventuram nos microfones. Levei minha maquininha fotográfica Sony e tirei bastante fotos. Ia lá para a frente, bem perto do palco, a cada atração que julgava interessante. Gostei de uma cantora gaúcha que tinha jeitão de maranhense e parecia uma Alcione. Ainda encontramos um filho de uma antiga colega de trabalho de meus pais que não víamos há muito tempo. E uma senhora que vai todos os meses e conheceu meus pais da última vez veio falar com a gente. Ela é gente boa, e estava com a irmã e um sobrinho jornalista do qual tem um orgulho danado. Trata-se de um lugar bom para fazer amizades. Não vi paqueras rolando por ali. O evento acabou por volta de oito e meia da noite, e Madureira continuava repleta de gente. No mês que vem estaremos lá de novo!

sábado, 2 de outubro de 2010

Volta ao trabalho!

Ana se vê em depressão pré-retorno à labuta, em pleno sábado. Pensar em voltar ao trabalho a deixa ansiosa, angustiada, até. É porque o trabalho é chato, monótono, as pessoas são pesadas e contaminam o clima. Mas Ana sente que o motivo dominante para o que ela sente ainda é a ilusão de que o trabalho a realizará plenamente. O trabalho deve ser encarado como fonte de sobrevivência, por propiciar a remuneração da qual ela precisa para se manter e fazer jus à independência que é tão cara nos dias de hoje. Ana acabou de comprar apartamento, e a importância do trabalho adquiriu uma dimensão maior, pois agora ela terá uma dívida a pagar por um bom período. A realização pessoal deverá ser buscada fora do contexto do trabalho, fora da politicagem que lá reina, fora das limitações, do subaproveitamento de pessoal. A questão é que os vinte dias de férias passaram rapidamente, e mais alguns dias de ócio cairiam muito bem.
Com relação aos colegas, o importante é Ana não se envolver, não se deixar contaminar e ficar na sua.
Nos piores momentos de sua deprê, Ana lembra-se de que há muita gente querendo o trabalho que ela conquistou com muito esforço, através de estudos intensos para fazer concurso público. Isto a faz observar que ela tem que dar valor ao trabalho e voltar à labuta descansada e revigorada, pronta para o que vier.