domingo, 27 de setembro de 2009

A Violência de Cada Dia

Foi uma semana violenta esta que termina. Houve episódios de violência com enorme repercussão na terça-feira e hoje, quando um seqüestrador foi morto com um tiro certeiro na cabeça por um policial atirador de elite muito bem preparado e que soube utilizar com maestria a chance que teve de solucionar a difícil questão que se apresentava. E aconteceu também a crueldade com a cadelinha Pituca em Santa Catarina, a qual virou alvo de dois policiais insanos que representam o que de pior a instituição pode apresentar. Fico revoltada também com a covardia contra os animais. A violência nos ataca dia após dia, e deixa transparecer que as pessoas estão mais insanas, mais dispostas a cometer barbaridades, de um jeito que não acontecia antes. Esta percepção nos incomoda, e deixa a impressão de que a sociedade contém em muito maior número excrementos humanos do que pessoas de bem. Todavia, não podemos nos deixar abater, pois a vida não é só isto. Não significa que sairemos por aí imprudentemente dispostos a frequentar lugares notadamente perigosos e a correr toda sorte de riscos. Mas implica em nos acautelarmos e vivermos a vida com plenitude, pois ela passa e, a princípio, é uma só.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Revendo Conceitos A Partir do Gikovate 01

Comecei a ler o novo livro do Flavio Gikovate, "Nós, Os Humanos". Gosto dos livros do Gikovate, pois eles trazem sempre uma abordagem nova da psicologia, e são escritos numa linguagem cativante e simplificada, para o grande público. Este novo livro está dividido em cinco capítulos que resumem o pensamento do Gikovate, e funciona como um resumo, ou uma introdução ao modo de pensar dele. Surpreendi-me com algumas colocações que ele fez, e que não haviam passado pela minha cabeça antes. Ele defende que o ser humano é composto de corpo e alma, incluindo na alma a mente, a consciência, tudo o que é imaterial. Diz que a alma está, nos dias que correm, sendo sufocada por uma espécie de pasteurização social que padronizou as pessoas, e que reprimiu o que elas têm de mais original. O resultado disto, entre outros efeitos, é a depressão, o chamado “mal do século”, cada vez mais frequente. E a falta de criatividade dos dias que correm, nos quais nada de efetivamente novo no campo das artes é desenvolvido, é igualmente uma manifestação do sufocamento imposto à alma. A proliferação de teorias biológicas, evolucionistas, também é uma conseqüência natural desta filosofia. Tudo é reputado à biologia ou à natureza: o homem é mulherengo porque é feito para ser assim, biologicamente falando. E este pensamento referenda certas noções perigosas, contra as quais deveríamos trabalhar. Por exemplo: o ser humano do sexo masculino é naturalmente violento, porque, em tempos imemoriais de seu desenvolvimento, tinha que caçar para conseguir alimentos para ele próprio, sua mulher e filhos. Jamais tinha pensado por este prisma, e vou rever meus conceitos, pois aderi ao pensamento biológico, sem atentar para seus malefícios.

sábado, 5 de setembro de 2009

Fim de ciclo

Li na Nova deste mês uma entrevista com a Juliana Paes em que ela aborda os ciclos da vida e a necessidade de respeitá-los. Ela afirma que não pretende mais ser madrinha de bateria de escola de samba nem fazer ensaio nu, pois fechou este ciclo. Agora, pretende ser produtora e diretora e afirmar-se de outras maneiras, pois sabe que já tem nome no mercado, e que não precisa se manter sempre na mídia; pode, enfim, experimentar mais. Analisei minha situação também como a de fim de um ciclo. Estou trabalhando na Vara por um período, mas já fechei este ciclo. Não quero mais trabalhar tanto, pois tenho objetivos de vida que considero incompatíveis com a energia que tem que ser gasta para trabalhar numa Vara do TRT-RJ. Pretendo fazer outro concurso e passar, e para isto preciso trabalhar menos horas para fazer curso e ter mais energia para estudar. E também perdi de vez qualquer ilusão de ascender no Tribunal; percebi que não é a minha praia. Tenho que direcionar a ascensão para outro lado.